As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no Brasil e no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são mais de 1.100 mortes por dia, o equivalente a cerca de 46 por hora ou 1 morte a cada 90 segundos. No Mundo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam mais de 17 milhões de mortes por ano.
Para o cardiologista Yuri Brasil, esse cenário é resultado direto de uma alimentação inadequada e da falta de aderência à prática de atividades físicas, além das fontes de má informação dos brasileiros. “Acredito que também seja uma questão sociocultural, pois se as pessoas efetivamente soubessem que esse tipo de doença é a que mais mata no mundo, teríamos uma conscientização maior a respeito da prevenção”.
O especialista também afirma que outro fator a contribuir para aumentar as mortes por doenças cardiológicas no Brasil foi a forma que a pandemia levou grande parte da população a adotar hábitos não saudáveis, que pioraram questões de alimentação e provocaram, inclusive, um aumento de peso estimado em sete quilos devido a situações de estresse.
“A pandemia ainda trouxe um medo justificável das pessoas em se infectarem com o coronavírus ao saírem de casa, o que também foi responsável por afastar um número significativo de pacientes das suas consultas regulares com um cardiologista, consequentemente contribuindo para o aumento de acidentes cardiovasculares”, diz Brasil.
Desta forma, o médico orienta que as medidas mais eficazes para reduzir as mortes devido à doenças do coração são a busca por uma boa alimentação e a prática regular de exercícios físicos. “Lembrando ainda de sempre realizar exames de rotina com um cardiologista para que se possa identificar qualquer problema cardiovascular o mais precocemente possível”.