As pessoas que presenciaram o ataque de abelhas, na manhã desta quinta-feira (7), na Vila Standard, em Araraquara, classificaram a situação como desesperadora. Duas pessoas precisaram ser socorridas, sendo uma delas em estado grave.
As vítimas, um homem e uma mulher, foram socorridas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levadas, respectivamente, para a Santa Casa e UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Xavier.
O homem foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros caído no chão com várias picadas e a mulher estava trancada dentro de um veículo.
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Devido à agressividade das abelhas, o Corpo de Bombeiros prestou os primeiros atendimentos. Foi preciso EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e o auxílio de uma névoa para dispersar os insetos e, assim, conseguir levar as vítimas até às ambulâncias do Samu.
“A equipe agiu prontamente, retirando as vítimas e colocando dentro da ambulância do Samu […] Neste momento, as abelhas estão muito agressivas e, como o local está isolado, foi acionado o apicultor da prefeitura e, juntamente com ele, estamos avaliando se as abelhas serão capturadas ou exterminadas”, explicou o primeiro-sargento do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Tellaroli.
Por conta do ataque, o trânsito permanece interditado na Rua Matheus de Nóbile, entre as avenidas Padre Manoel da Nóbrega e Nassif Damus. Equipes da Defesa Civil e da GCM (Guarda Civil Municipal) também atenderam a ocorrência.
A dona de casa, Antônio Helena Spadacini, 50, estava na floricultura no momento. Ela contou que o ataque foi repentino e que precisou correr para pedir ajuda.
“Nós achamos que não viriam para o nosso lado, mas o ataque começou sem parar […] Saí correndo e gritando socorro, como estava todo mundo fazendo. Muita gente que mora nas casas ao lado estava sendo atacada”, lembrou.
O barbeiro Wesley Dotali, 24, estava acompanhando a mãe na floricultura e viu quando as abelhas atacaram as duas vítimas. “O pessoal que estava lá saiu correndo para rua, não tinha nem condição de entrar no carro, teve gente que ficou presa dentro do carro sendo picada”, lembrou.
Ao correr para ajudar a mãe a entrar no carro, Wesley caiu e esfolou o ombro. “Desesperador. Estava no sobrado de uma casa e, de repente, as abelhas começaram a descer, sem ninguém mexer”, contou.
O engenheiro civil, Julian Stein, 34, contou que a cunhada, 37, e a sobrinha adolescente também estavam na floricultura no momento do ataque, mas conseguiram se abrigar dentro de um carro.
“Vieram comprar uma muda de morango para minha sobrinha e na hora que abriram a porta, as abelhas atacaram e elas saíram correndo”, contou.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, uma ocorrência como esta apresenta diversos complicadores, principalmente, para preservar a integridade das vítimas. “Quando você entra na zona quente, como a gente chama, elas partem para cima, então, se não tiver com EPI, não dá para atuar de forma alguma”, concluiu.
CONFIRA A ENTREVISTA DO CORPO DE BOMBEIROS
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