Os casos de dengue devem se manter em alta por mais duas semanas. A previsão é da secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, sobre o fim da epidemia da doença na cidade. Desde o começo do ano, foram 1.721 confirmações.
Segundo ela, após este período, os novos casos devem começar a cair, e o cenário não será o mesmo de 2019. “A gente não deve chegar ao mesmo número de casos [daquele ano] até pelas condições climáticas, já que estamos no outono”, avalia.
Em um mês, a cidade confirmou seis mortes em decorrência da doença. O número é superior aos cinco óbitos contabilizados ao longo da última epidemia.
Eliana Honain destaca que não há elementos que indiquem que o vírus tipo 1 seja mais agressivo ao tipo 2, que circulou na cidade há três anos. Ela justifica que mais da metade dos óbitos são de pacientes idosos e com “inúmeras comorbidades”.
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A secretária de Saúde diz ainda que a preocupação do poder público é com o agravamento da doença nos casos de reinfecção, ou seja, pessoas que foram infectadas pelo vírus tipo 2 e, agora, pelo tipo 1.
Para atender a demanda, o município reestruturou a rede de saúde. Além das Unidades Básicas de Saúde e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Xavier, o Hospital de Campanha, que antes atendiam casos de covid-19, passou a atender exclusivamente pacientes com dengue.
“Pela própria experiência com a covid-19, hoje, temos uma estrutura mais abrangente, com capacidade maior”, avalia. Apenas no Hospital de Campanha são cinco médicos atendendo.
Eliana Honain afirma que 80% dos focos das larvas estão dentro das residências. Segundo ela, o poder público tem agido antecipadamente para reduzir os casos da doença.
“Por que não tivemos muitos casos em 2020 e 2021? Porque as pessoas estavam em casa e cuidavam dos seus quintais. Agora é um momento de retorno das atividades”, diz.
“Nós temos acionado nossas ações e estamos fazendo a parte do poder público, com limpeza, tapa buraco, podas e capinagem. Mas nada adianta se a população não fizer a sua parte, que é fundamental”, completa.
Segundo a secretária, as armadilhas montadas após a epidemia de 2019 ajudaram o município a agir rapidamente. “Estamos trabalhando sabendo onde tem o mosquito infectado pelo vírus. Temos uma estrutura com muito mais agilidade e habilidade para enfrentar”, finaliza.
