- Publicidade -
CotidianoEmpresa levaria uma semana para coletar lixo que está nas ruas

Empresa levaria uma semana para coletar lixo que está nas ruas

Representante da Urban Serviços afirma que os coletores não conseguem recolher metade dos resíduos; sindicato e MPT se reúnem nesta quinta-feira (17)

- Publicidade -

Canteiro central da Avenida Francisco Vaz Filho também ficou tomado de lixo (Foto: Milton Filho)

Uma semana. Este é o tempo que a empresa responsável pela limpeza urbana de Araraquara levaria no modelo antigo para fazer a coleta de todo o lixo domiciliar que deixou de ser retirado das ruas com a mudança de trabalho dos coletores. Somente na última terça-feira (15), foram 190 toneladas. 

A empresa explica que não houve paralisação e que o serviço continua sendo prestado, mas que os coletores não conseguem recolher metade do lixo, que acaba se acumulando nas lixeiras por diversos bairros da cidade. 

- Publicidade -

Cada equipe é composta por um caminhão e dois coletores. Ao todo, são 10 veículos e 20 trabalhadores. A estrutura, no entanto, é insuficiente.  

“O serviço está sendo feito de acordo com que a gente dá conta”, afirma Deijane da Conceição, representante da Urban Serviços e Transportes. “Todo dia, está ficando metade [do lixo] para trás porque não tem tempo hábil [para coleta]”, completa. 

Segundo ele, mesmo aumentando a equipe, não seria suficiente para atender a demanda de serviço. “Nós também teríamos um custo para ampliar a estrutura e precisamos obedecer ao contrato. Mas, mesmo que fosse possível dobrar a equipe, não iria adiantar”, avalia.   

O responsável pela empresa explica que não existe um modelo imposto, desde que não haja a plataforma de descanso (Reprodução/EPTV)

IMPASSE
Na última terça-feira (15), o DAAE voltou a adotar o modelo em que os coletores de lixo não são transportados em estribos, na parte traseira dos caminhões. A medida atende decisão da Justiça, a pedido do Ministério Público do Trabalho, que apontou riscos de acidentes. 

O responsável pela empresa explica que não existe um modelo imposto, desde que não haja a plataforma de descanso. Por conta desta mudança, os coletores fazem o trabalho na maior parte do tempo a pé. 

“Eles tinham uma rotina de descer, correr, descansar. Ficando diferente disto, sai da rotina, fica cansativo”, afirma Deijane. “A gente está tentando atender a mudança e fazer pelo menos o mínimo, dando o nosso melhor”, completa.  

Os trabalhadores, segundo ele, têm relatado cansaço e também constrangimento. Três coletores que nunca tinham faltado, inclusive, se afastaram do trabalho. 

- Publicidade -

“Um deles me disse ontem (16) que não é amador, é profissional, sabe trabalhar e que só quer trabalhar”, conta. “Só de não paralisar a coleta já é uma vitória, mas a população precisa ter paciência porque a gente não tem culpa”, finaliza.   

REUNIÃO
Nesta quinta-feira (17), o sindicato que representa a categoria e o Ministério Público do Trabalho (MPT) se reúne para discutir uma alternativa ao modelo de trabalho dos coletores de lixo. 

Na última quarta-feira (16), a prefeitura emitiu um comunicado dizendo que a situação é preocupante e começa a colocar em risco a saúde pública. “O município espera a audiência entre o sindicato da categoria e o Ministério Público do Trabalho para que uma solução seja construída e a limpeza pública retome a normalidade”.

- Publicidade -
Gabriela Martins
Gabriela Martinshttp://www.acidadeon.com/araraquara
Editora do ACidade ON Araraquara e São Carlos, está no portal desde 2018. Formada há 13 anos, atuou como repórter da Tribuna Impressa de Araraquara por mais de sete anos e tem experiência em marketing em mídias digitais -gabriela.martins@acidadeon.com
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -