Empresas de Araraquara estão se desdobrando para repor a quantidade de funcionários que estão afastados por dengue. Atualmente, são 7.249 casos da doença, incluindo dez mortes.
O Evandir Junqueira é proprietário de três padarias. No total, 19 funcionários já ficaram afastados pela doença.
“Eu e a minha esposa estamos trabalhando bastante, das 6h às 23h, substituindo”, lembrou o empresário em entrevista à EPTV.
Segundo ele, quando um funcionário falta, é preciso fazer um remanejamento na equipe pra dar conta do serviço. “Alguém tem que substituí-lo, tem que ser retirado de uma área e levado até onde está o funcionário ausente, se não, não sai a produção”, contou.
A Silvana Rodrigues de Carvalho é operadora de caixa em uma loja de produtos variados. Ela teve dengue no mês passado e precisou ficar em casa até se recuperar.
“Tive bastante febre, dor de cabeça, muita dor no corpo, nas pernas, não tinha como trabalhar”, disse.
O proprietário de uma loja de artigos de festa e presidente do Sincomércio, Antônio Deliza Neto, também chamou atenção para o problema, inclusive, na própria loja.
“Nós tivemos no nosso quadro, seis funcionários afastados. Foi muito complicado porque a dengue debilita e não tem condições de trabalhar”, afirmou.
Segundo Deliza, os comerciantes estão passando por um momento complicado. “A incidência da dengue nos trabalhadores tem sido enorme. Você imagina uma loja com cinco funcionários, sendo que três estão com dengue: como que a gente consegue operacionalizar?”, questiona.
De acordo com a infectologista Ana Rachel Rodrigues, o repouso é fundamental na recuperação da dengue. “Para que o nosso sistema imunológico se concentre apenas na defesa do vírus. A avaliação médica é fundamental porque o tempo de recuperação varia de acordo com o paciente”, justificou.