Araraquara tem atualmente 757 enfermeiros e 2.005 técnicos que atuam nesta área considerada essencial. Neste dia 12 de maio, Dia Mundial da Enfermagem, e a reportagem ouviu uma representante do setor que conta como é o cotidiano destes profissionais, marcado por grandes desafios e responsabilidades.
A enfermeira Angela Costa, coordenadora do Serviço Especial de Saúde de Araraquara (Sesa) conta que se a rotina já era atribulada antes de pandemia do coronavírus, agora, tudo foi intensificado.
“O trabalho é bastante intenso e cercado de muita responsabilidade não só com quem prestamos assistência. A minha vida é bem intensa tanto no Sesa como dando aula para futuros enfermeiros, que é outra grande responsabilidade”, relata.
Segundo Angela, a pandemia “jogou para o alto” tudo que estava organizado. “Um vírus novo chega, sem vacina, não sabíamos nada sobre ele, nem o que aconteceria”.
Mas, com amor e carinho, o trabalho foi reinventado. “Aprendemos a trabalhar em um novo contexto, em um contexto pandêmico. Com o distanciamento necessário, mas com acolhimento”.
Neste último ano, na opinião de Angela, todos notaram a importância do enfermeiro e do técnico no contexto de saúde.
“Durante a aplicação da vacina, por exemplo, recebemos manifestação de afeto, preces, cartas, coisas que não tem valor monetário, mas é muito especial”.
VALORIZAÇÃO
Entretanto, Angela reforça que a profissão deve ser mais valorizada. “A enfermagem precisa ser mais valorizada, em termos de profissão ainda lutamos por um melhor piso salarial e de jornada de trabalho mais reduzido, porque muitos trabalhadores precisam para sobreviver ter dois empregos”, finaliza.