Um estudante, de 17 anos, procurou o Plantão Policial na última sexta-feira (16) para denunciar ter sido vítima de injúria racial praticada dentro da sala de aula, na escola estadual Professora Letícia de Godoy Bueno, na Vila Sedenho, em Araraquara.
À Polícia, o jovem relatou que na apresentação de uma nova aluna para os integrantes da sala foi chamado de “macaco, chimpanzé e escravo” e caso não saísse da frente seria queimado “na senzala”. A vítima foi apresentada como “macaco”, enquanto uma aluna loira “humana”.
No registro da ocorrência, acompanhado de sua mãe, o rapaz ainda disse não ser a primeira vez que os estudantes se utilizam de agressões racistas contra seus colegas de classe. Segundo ele, outro colega foi chamado de “gorila” pela dupla de agressores.
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Procurada, a secretaria de Estado da Educação disse repudiar qualquer ato de racismo dentro ou fora do ambiente escolar. Segundo a Seduc, assim que a direção da escola soube do episódio chamou os responsáveis para uma reunião de mediação.
“Durante esta semana os estudantes envolvidos irão acompanhar as aulas pelo Centro de Mídias de São Paulo. O estudante agredido está acompanhando as aulas normalmente e recebendo acolhimento”, informou em nota.
A secretaria de Educação reforçou ainda que o programa Psicólogos na Educação está à disposição do aluno, se autorizado por seus responsáveis. O caso, segundo o Estado, foi inserido em plataforma para registrar as ocorrências escolares, chamado Conviva-SP.
“As diretrizes da Trilha Antirracista, presente em todas as escolas da rede estadual, seguem sendo reforçadas. Com o ocorrido, a gestão e professores da unidade já realizam estratégias para atividades pedagógicas antirracistas voltadas para todos os alunos, tais como: roda de conversa, ação de conscientização e amplo diálogo na unidade escolar; bem como trabalho de aprendizado sobre vocabulário antirracista com estudantes e colaboradores”, completou.