“Ela era uma pessoa extrovertida, não tinha tempo ruim com ela. Era uma pessoa alegre, que se dava bem com todo mundo, não tinha briga com ninguém“. É desta forma que Karolayne Eduarda Gicca Fausto se referiu a Roberta Aparecida Ventura, de 26 anos, assassinada pelo marido, na madrugada desta quinta-feira (12), no bairro Nova Esperança, em Boa Esperança do Sul.
Ela foi esfaqueada diversas vezes, chegou a ser socorrida e levada até a Santa Casa da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. A cunhada de Roberta, Camila Alves Del Passo, de 25, também foi esfaqueada pelo irmão e morreu na hora.
Segundo Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil de Boa Esperança do Sul, o autor e as vítimas estariam em um bar minutos antes do crime e, ao retornarem para casa, tiveram um desentendimento, que resultou no ataque.
“Fiquei sabendo que eles estavam em uma praça, entre amigos, conversando, bebendo, e, até então, não sabia o que realmente tinha acontecido e nem chegou a informação para mim de que eles tivessem brigado. Para mim, já veio diretamente a notícia do que tinha acontecido”, lembrou Karolyne.
O crime aconteceu em um conjunto habitacional na Rua Margarida Corrêa Veneziano. Roberta estaria morando no local há pouco mais de nove meses.
Vizinhos disseram que ouviram gritos e pedidos de socorro durante a madrugada. Na casa também estavam as filhas do casal, de 6 e 8 anos, que foram trancadas em um carro pela tia para não presenciarem a briga.
“Não sei como que foi. Aparentemente, o que falaram, é que a irmã dele tirou as crianças da casa, colocou para fora e o restante já não sei informar mais”, ponderou.
Segundo ela, o casal já havia se desentendido por ciúmes anteriormente, mas sem qualquer indício de agressões. “Aparentemente, ele sempre foi uma pessoa bem tranquila, bem calma, não passava muito ciúmes assim. Ele era [ciumento], mas não obsessivo ao ponto do que aconteceu aqui“, disse.
Após matar a mulher e a própria irmã, Cristiano Alves de Jesus, de 32, fugiu do local de moto e também morreu ao bater contra um caminhão na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255).
Para Karolyne, que foi criada como irmã com Roberta, o sentimento é de desolação. “Ela era tudo. Era realmente, para mim, uma irmã de sangue, não era de consideração. […] Que Deus possa confortar nosso coração, só isso. O pai dela está desolado, os irmãos. Então, a gente não tem cabeça nessa hora”, concluiu.
Os três corpos foram levados para o IML (Instituto Médico Legal de Araraquara). O local do crime passou por perícia e o caso será investigado pela Polícia Civil. Ainda não há informação de velório e enterro.
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