Na noite do dia 20 de março de 2021 começou a busca incansável de uma família de Araraquara pela sua cadelinha de estimação. Mas o final feliz só aconteceu, no último domingo (24), um ano e quatro meses depois.
A Faísca foi resgatada às margens da Rodovia Washington Luís (SP-310). Ela fugiu com 14 meses durante um passeio pelo Residencial Lupo, na zona oeste da cidade.
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Mesmo depois de tanto tempo, a Elisangela dos Santos Martin, de 44 anos, disse que não pensou em desistir de procurá-la. “Eu pedia todo dia para que Deus me ajudasse a encontrá-la de novo”, disse.
E os pedidos foram atendidos. Há 15 dias, ela recebeu a notícia de que a cadelinha tinha sido vista em um barracão próximo à rodovia e, desde então, tentava resgatá-la.
“Na hora que eu vi eu não acreditei. Aí veio o meu desespero porque ninguém conseguia se aproximar. Ela não me reconhecia”, lembrou. “Foram 15 dias que eu não comia direito, não dormia. Não via hora de pegá-la e tirá-la de lá, do mato, perto da rodovia”, completou.
Há 8 meses, a Faísca estava vivendo naquela região. Inclusive, funcionários de uma empresa próxima a tratavam como “mascote”. Embora solta, ela estava alimentada.
Para capturá-la foi preciso uma armadilha montada por um casal de amigos de Elisangela. Mas a empreitada só deu certo no domingo, após um dia inteiro sem sucesso.
“Quando ela foi presa na armadilha, ela lambeu a gente e quando chegou em casa foi aquela felicidade”, contou.
Vídeos registrados pela família mostram a empolgação do reencontro. A Faísca, agora, tem dois irmãos: a Lua que não tem raça definida e a Pinscher Ruru.
Diante de tamanha felicidade, a Elisangela fez um apelo para que as pessoas que perderam seus animais não desistam de encontrá-los. “Porque eles sofrem muito. O amor que a gente tinha, ela lembrou de tudo. É o melhor amor do mundo porque é sincero, não tem interesse, não quer nada em troca”, concluiu.
BUSCA INCANSÁVEL
A Faísca fugiu durante um passeio pelo Residencial Lupo, na zona oeste de Araraquara. Ela teria se assustado com a presença de um grupo de jovens, forçou a coleira e fugiu.
“A gente já estava voltando para casa. Foi uma correria. Aquele dia a gente ficou até meia-noite procurando por ela e não a encontramos. Foi um acidente o peitoral ter aberto” lembrou a tutora.
Foram meses de buscas. A família chegou a colar 80 cartazes por diversos bairros e comércios, oferecendo, inclusive, recompensas para quem localizasse a cadelinha.
“Era dia e noite procurando por ela. As pessoas ligavam e a gente ia ver”, contou. “Sempre amei os animais. Eu acho que não é pecado, mas eu amo mais do que amo o ser humano”, concluiu.
Nesta segunda-feira (25), a Faísca já foi ao veterinário para fazer exames, mas aparentemente não tem problemas de saúde.
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