Atualizada às 18H56, de 23/09, com segundo posicionamento da Unimed Nacional
“A gente se vira depois, eu dou a minha vida para pagar, para custear até o final da minha vida. Ele está lutando pela vida dele e eu faço o possível para lutar junto porque se Deus o manteve até aqui é porque vai honrá-lo e fazer o melhor”. A fala emocionada é de Denis Aparecido Teixeira de Lima, de 32 anos, sobre o tratamento que pode ser crucial para a vida do filho.
O pequeno Isaias, de apenas 8 meses, nasceu com ausência de calota craniana, microcefalia e hidrocefalia. Ele também apresenta má formação do sistema nervoso central.
A criança tem tido crises de convulsão e epilepsia, decorrentes de uma perfuração da massa encefálica, que aumentam, inclusive, os riscos de uma paralisação de seus movimentos.
Agora, a família que é Nova Europa corre contra o tempo para salvar o filho. “A cada dia eu o vejo regredindo e não progredindo”, desabafou o pai desesperado.
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A esperança de uma nova vida pode estar a 1,4 mil km de Araraquara no Hospital da Criança Santo Antônio, que fica em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Mas até lá, a família briga para que o plano de saúde custeie o transporte.
A família encontrou um especialista em uma rede social, que se mostrou disposto a abraçar o caso. O portal acidade on obteve o documento que mostra que toda estrutura do hospital, incluindo leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), já está à disposição do Isaias desde a manhã desta sexta-feira (23).
Este médico nos deu uma luz no fim do túnel. Ele nos afirmou que há o que ser feito, só não pode dar detalhes sem ter o contato pessoal”, completou.
Desde segunda-feira (19), Isaias está internado no Hospital São Paulo, em Araraquara, com um quadro de pneumonia, e tem recebido todo tratamento adequado para a doença. Mas a luta da família é pela transferência.
Segundo o pai, a família está disposta a assumir todos os riscos com o transporte, que precisa ser feito por uma UTI aérea. Porém, até o momento, o plano de saúde não autorizou a transferência.
“Eles me falaram que foi negado pela auditoria porque a solicitação está sendo feita pela família, só que não mandaram nenhum auditor, ninguém viu o menino”, afirmou. “Fomos a Ribeirão Preto, Matão, foram procurados neurocirurgiões de Araraquara, e a única coisa que ouvimos é que a gente tinha que aguardar o tempo de vida dele”, finalizou.
Procurada, a Unimed Nacional esclareceu que o serviço de transferência aérea, contudo, não tem previsão contratual, mas que se solidariza com o caso e já fez o devido acolhimento junto ao beneficiário.
“Aproveita para informar também que oferece toda a assistência necessária em neurocirurgia pediátrica na região de Araraquara, área de cobertura de seu contrato”, disse em nota.
Em segundo posicionamento, a Unimed Nacional reforçou que tomou “conhecimento da solicitação e seguiremos com as tratativas necessárias observando as regras contratuais e as normas estabelecidas pela ANS [Agência Nacional de Saúde]”, finalizou.