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CotidianoFamília produz café 100% puro em Araraquara e é sensação na Vila Xavier

Família produz café 100% puro em Araraquara e é sensação na Vila Xavier

No dia Do Café conheça a história da família de José Leonardo Virgílio no ramo 

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Depois da água, a bebida mais consumida no Brasil é o café. Seja da manhã, após o almoço ou no lanche da tarde, o cafezinho é indispensável na rotina dos brasileiros para dar aquela animada. 

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E hoje, 14 de abril, é o Dia Mundial dessa bebida tão querida.

Em Araraquara, uma família lida com os grãos da fruta através de uma torrefação de café. 
Em uma esquina da Vila Xavier, já dá para sentir o cheiro característico no ar.  

O comerciante José Leonardo Virgílio, 70 anos, e seu filho Gustavo Virgílio, 39 anos, trabalham torrando e moendo os grãos na fábrica “Golden Black Café”.  

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Fresquinho e moído na hora, cerca de 30 quilos de café são vendidos diariamente para clientes dos mais diversos pontos da cidade.  

São mil quilos por mês, uma média alta para quem está apenas há nove meses no varejo. 

Os grãos vem de Minas Gerais, e são escolhidos a dedo para garantir uma bebida 100% pura, no caso o tradicional arábico.  

“Não que aqui não tenha café bom, a região tem café excelente, mas acostumamos com os grãos de lá, só trabalhamos com grãos arara amarelo, catuaí e chocolate caramelo, um é para moer e outro é para café expresso, é tipo café gourmet para exportação”, contou. 

CAFÉ FAMILIAR
E a história deles com o grão começou no mesmo espaço onde hoje vendem o produto: ali era um armazém da família. Dona Carolina, mãe de José Leonardo, costumava moer e torrar café no quintal da casa, fundo da mercearia. 

“Coincidência ou não, meu pai tinha um armazém aqui e minha mãe torrava café no fundo do quintal. Aqui onde ficam as máquinas de torrefação era a sala de casa. Ela era mineirinha de Muzambinho e sempre sentava embaixo da parreira e moía café, o bairro todo sentia o cheiro. Era bem raiz. O estado de Minas é a terra do café, porque os terrenos são acidentados, e não tem o que plantar”, contou. 

 

Seu Zé trabalha com grãos de café desde jovem: anos de experiência e busca pela qualidade (Foto: Amanda Rocha) Gustavo Virgílio mói café na hora no balcão da loja (Foto: Amanda Rocha) Dona Ivani faz questão de buscar o café moído na hora (foto: Amanda Rocha) Pai e filho priorizam café 100% puro e se destacam no ramo (Foto: Amanda Rocha)

Seu Zé, como é conhecido, trabalha o grão desde jovem. Ele trabalhou por anos com máquinas de café, aprendeu tudo no assunto e montou uma empresa com seu cunhado em Araraquara. 

Na raça e na coragem, além de muita competência, Zé estudou desenho e mecânica sozinho, e  montou o seu negócio. 

“Fiz até a 7ª série e cursos no Senai, minha família era pobre , fui na raça e estamos aqui faz nove meses. Tive ajuda do meu sobrinho com o maquinário da Siatec Brasil, que é uma das melhores máquinas de café do mundo e é aqui de Araraquara”, contou orgulhoso. 

E continuou:  “Já puxei máquina de café, fui motorista de caminhão para levar as máquinas de torrefação, montei várias no Brasil todo, inclusive de marcas famosas que estão no mercado”, disse.

TRADICIONAL
Para  o comerciante Gustavo Virgílio, o café tem que ser tradicional, nem forte, nem fraco. Ele também não aconselha o consumidor a comprar o extraforte nos mercados. 

“O extraforte não é ideal, e aconselho a não comprarem porque é uma torra bem escura e tira todas as proteínas do café porque queima mais os grãos, e é muito mais fácil estar misturado a outras coisas. Ele não te dá um sabor real que é do café tradicional’, explicou.   

 

Gustavo Virgílio mói café na hora no balcão da loja (Foto: Amanda Rocha) Dona Ivani faz questão de buscar o café moído na hora (foto: Amanda Rocha) Pai e filho priorizam café 100% puro e se destacam no ramo (Foto: Amanda Rocha)

Gustavo garante que o café que produzem é 100% puro, e explicou que só de experimentar já se nota a diferença.  

“No mercado tem muita qualidade ainda, mas é difícil achar um 100% puro como é o nosso. Por exemplo, se você usa duas colheres para fazer café com o pó do mercado, o nosso é a metade, porque é puro, dá para perceber. Tem que provar”, apontou. 

VAI UM CAFEZINHO?
O entra e sai é constante no balcão para comprar o café da família, que sai por R$ 36 o quilo. A aposentada Ivani Scolari, 67 anos, mora no bairro Santa Angelina, e vai de táxi buscar um cafezinho sempre que pode. 

“Eu venho porque o café é muito bom. Depois que tomei nunca mais comprei em mercado, só compro aqui deles”, disse. 

 

Dona Ivani faz questão de buscar o café moído na hora (foto: Amanda Rocha) Pai e filho priorizam café 100% puro e se destacam no ramo (Foto: Amanda Rocha)

Gilberto, o Nenê do Café, foi vendedor de café por vários anos em Araraquara e região, e tem propriedade para falar do assunto.

“Sempre vendi café aqui, para vários pontos da cidade e abasteci vários lugares da região. Nunca parei de tomar, é a minha bebida, e aqui é um dos melhores que já provei, é fora de sério, puro. Já vi muita torra que vai junto café quebrado, que não dá a mesma qualidade, saco de palha no meio, muita coisa errada”, apontou. 

Maria Vieira, de 63 anos, também adora um cafezinho e faz coro.  “Eu adoro tomar café, mas não esse de supermercado, prefiro pegar aqui moído na hora, é outro sabor, tem muita diferença”, opinou.  

Seu Zé é apaixonado pela bebida e pela profissão. Mesmo lidando com café por anos, ele não perdeu o hábito de tomar um cafezinho. 

“É algo que gosto de fazer e está no sangue, e vem dando certo. Fui fumante e faz 23 anos que larguei o vício, mas o café eu não deixo de tomar nunca, só não tomo mais uma garrafa como costumava tomar antes. Eu posso tomar a noite que durmo tranquilamente, sou acostumado”, riu.

Além da loja de torrefação, o café pode ser encontrado em pequenos mercados de bairros e em mercearias das cidades de Nova Europa e Américo Brasiliense. 

A Golden Black Café fica na Rua Professor Dorival Alves, Vila Xavier. 

 

Pai e filho priorizam café 100% puro e se destacam no ramo (Foto: Amanda Rocha)

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