Morreu na manhã desta sexta-feira (3), o músico Francisco Brasilino, o Chico Brasa, aos 92 anos. Ele estava internado há uma semana na Santa Casa de Araraquara em decorrência de um problema na bexiga.
O portal acidade on noticiou na última sexta-feira (24) que o músico aguardava por um leito no corredor do hospital, após passar três vezes em 10 dias pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central.
Segundo a filha do artista, Márcia Aparecida Brasilino, o pai morreu de falência dos órgãos e em decorrência de uma infecção no sangue.
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O velório de Francisco Brasilino será na manhã deste sábado (4), das 7h às 10h, no Velório Bom Jesus, e o enterro será no cemitério São Bento, ambos no Centro de Araraquara.
NO CORREDOR DO HOSPITAL
Em pouco mais de 10 dias, o músico procurou por atendimento médico na rede pública de saúde de Araraquara três vezes, desde que começou a apresentar um quadro de perda de peso e fraqueza.
Na manhã do dia 24 de fevereiro, o idoso foi transferido da UPA Central para a Santa Casa, mas passou a esperar pela internação no corredor do hospital. “Eles falaram que não havia leito, que ele ficaria ali porque o hospital estava cheio”, afirmou Márcia Brasilino na ocasião.
“Ele ganhou vários prêmios nacionais e internacionais, tocou com vários artistas ilustres e, hoje, quando mais precisa, está no corredor de um hospital”, completou.
Segundo ela, após a publicação da reportagem, o pai foi transferido para um leito, onde passou a ser assistido. “Os médicos foram excelente com ele, os cuidados com ele foram impecáveis”, afirmou.
Na ocasião, a secretaria municipal da Saúde informou que paciente recebeu toda a assistência médica nas três vezes em que deu entrada na unidade, “sem registro de intercorrência”.
QUEM É O BRASA
Nascido em Jurupema, distrito de Taquaritinga, em 25 de novembro de 1930, Brasa, como era carinhosamente chamado, foi professor de violão popular e clássico por quase 60 anos, sendo 35 deles apenas na Casa da Cultura.
Durante sua trajetória, Brasilino teve a oportunidade de acompanhar Ângela Maria, Cauby Peixoto, Dalva de Oliveira, Jamelão, Marília Medalha, Nelson Gonçalves, entre tantos outros.
O músico que montou e tocou em orquestras também regeu o Coral da Igreja Nossa Senhora das Graças e da Igreja de São Sebastião, além de reger corais em Américo Brasiliense e Santa Lúcia.
Em 2020, ele recebeu da Câmara, o título de cidadão araraquarense pela sua contribuição com a história musical de Araraquara e região.
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