Garapeiros de Araraquara estão comemorando o calorão e o aumento nas vendas já que nesta época do ano, a procura chega a dobrar.
Para atrair o freguês, os comerciantes apostam nas variações do caldo de cana.
O socorrista André Ezequiel Mauricio, 54, e a nutricionista Patrícia Simone Barreto, 50, não abrem mão do suco e da água gelada. Mas tem dias que entra um novo item na lista refrescante: o tradicional caldo de cana.
Por isso, nesta época do ano os garapeiros de Araraquara já esperam um aumento na procura.
Marlene Salatino trabalha com caldo de cana há 16 anos. Hoje, tem um quiosque em frente à Arena da Fonte. Ela conta que as vendas disparam por conta do calor.
“O dia que está quente aumenta até 200% a venda. O caldo de cano é bom porque ele é um refrescante no calor e faz bem para a saúde, é natural. Ajuda muito no calor”, apontou.
TRADIÇÃO DOCE
A venda de caldo de cana é uma tradição na família da Juliana dos Santos da Silva, que há 19 anos mantém um quiosque às margens da rodovia, entre Araraquara e Américo Brasiliense.
Ela diz que as vendas dobram e por isso precisa se preparar com antecedência.
“A gente dá uma olhada na previsão do tempo e fica atento e pegamos mais fechos de cana pra ficar mais preparado, geralmente vendemos 200, mas nesses tempos quentes dobra, e chega a mais de 400 caldos de cana”, disse.
VARIEDADE
E tem garapa para todos os gostos: com abacaxi, maracujá e até caju e gengibre. Mas tem uma em especial que é a favorita: a de limão, e o Adão Valentin Monteiro explica o porquê.
” A garapa que a gente usa é bastante doce e é diferente da usina, e o povo procura o limão pra dar uma abatida na doçura dela”, comentou.
Adão tem um carrinho em frente ao cemitério São Bento há 7 anos. Ele explica que por estar na região central depende do funcionamento de outros comércios para atrair os clientes. Mesmo assim, as vendas crescem de 20 a 30% em um dia mais quente.
“Estando calor não importa se é dia de semana ou se é final de semana, começo de mês também ajuda, né”, apontou.
O socorrista André brinca que só não bebe mais por falta de oportunidade.
“Se tivesse oportunidade de tomar mais eu tomava, mas existe essa correria da vida e quando a gente passa e toma é uma delícia”, conclui.
