- Publicidade -
CotidianoGeladeira comunitária: projeto motivado por gratidão vem mudando vidas há oito anos

Geladeira comunitária: projeto motivado por gratidão vem mudando vidas há oito anos

Ednan Dalle Piage começou instalando uma geladeira para oferecer alimentos a pessoas necessitadas e hoje o projeto já atravessou o oceano

- Publicidade -

Roberto Schiavon

O comerciante Ednan Dalle Piage é um homem movido pela gratidão. Há oito anos, foi esse o sentimento que o motivou a iniciar o projeto Geladeira Comunitária, para oferecer alimentação gratuita a pessoas necessitadas. “Esse trabalho é uma continuidade do que fizeram por mim quando eu era pequeno. Poder retribuir um pouquinho é gratificante”, diz o idealizador do projeto.

- Publicidade -

Ele conta que sua participação em um projeto social quando criança foi a semente para também praticar ações voltadas a pessoas carentes. “Eu participei da escolinha de futebol do Túlio, ex-jogador da Ferroviária, no projeto escolinhas de bairro, que era gratuito. Era meu sonho participar de uma escola de futebol e meu pai não podia pagar, pois tinha quatro filhos. Foi isso que me levou a querer retribuir o que fizeram por mim”, lembra.

NÚCLEOS

Atualmente, o projeto coordenado por Ednan tem várias frentes e inclui núcleos em bairros como Jardim das Hortênsias e Parque São Paulo, com cursos de balé, inglês e canto coral. A iniciativa se desdobra ainda na geladeira comunitária da oncologia e em iniciativas para melhorar a qualidade de vida de crianças com transtorno do espectro autista. Em 2022, a iniciativa atravessou o oceano, chegando até Luanda, país do Continente Africano.

“Hoje temos mais de 500 geladeiras comunitárias no mundo e a nossa é a que está há mais tempo em atividade. Ajudamos pessoas desempregadas, que passam por necessidade maior, e até mesmo pessoas que moram nas ruas. É um trabalho de formiguinha, que atende desde criancinhas até idosos, e engloba várias entidades”, explica.

- Publicidade -

DOAÇÕES

Ele conta que o projeto chega a receber até 400 marmitas por dia, além de roupas, cobertores, brinquedos e doações sazonais, como ovos de páscoa e panetones.

“A geladeira comunitária já tirou 48 pessoas das ruas. Um rapaz veio trabalhar na usina em Araraquara, se perdeu nas drogas e ficou 18 anos sem ver a filha. Conseguimos internação numa clínica e fizemos o acompanhamento por 10 meses. No final, ele voltou pra sua cidade e foi ao casamento da filha, que tinha só 1 ano quando ele saiu de casa”, conta o comerciante.

Ednan, que em julho do ano passado recebeu o título de Cidadão Araraquarense na Câmara Municipal, agradece a participação de toda comunidade, que abraçou o projeto e ajudou a transformar seu sentimento de gratidão em apoio a muitas pessoas.

“Meus parabéns pelos 207 anos de Araraquara, uma cidade acolhedora e solidária. Agradeço a todas as entidades e à população, mesmo quem tenha doado só uma marmitinha. Sou muito grato, pois a gente não faz nada sozinho”, conclui.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -