Araraquara vive uma onda de estelionatos, quase sempre utilizando o “Golpe do Motoboy”, método em que os criminosos “mandam buscar” o cartão da vítima após ligarem se passando por gerentes de banco. Eles informam que o cartão foi clonado e que um funcionário da agência irá até a residência para levar o cartão, que deve ser cortado ao meio pelo cliente-vítima.
A partir daí, a vítima tem diferentes valores furtados de sua conta. O golpe ficou conhecido como “Golpe do Motoboy”, porque em várias situações o golpista é um motociclista que passa na residência recolhendo o cartão.
Na última quinta-feira (26), a vítima foi uma senhora de 58 anos, que perdeu mais de R$ 14 mil entre transferência por Pix e compras em seu cartão de crédito.
Ela entregou o cartão após receber a ligação de um suposto gerente da Caixa Econômica Federal dizendo que haviam feito uma compra em seu cartão na cidade de São Paulo.
No dia 23 de novembro, uma idosa de 61 anos recebeu a ligação de um estelionatário que se passou por um suposto gerente do Banco do Brasil.
No telefonema, o estelionatário avisou que o cartão dela teria sido utilizado em uma compra na cidade de Santo André.
O falso gerente informou ainda que ela deveria entrar em contato com a central de atendimento para cancelar o cartão. A idosa ligou para o número da central, onde um atendente falou que ela teria que cortar o cartão e colocar em um envelope, pois um policial iria até a casa dela para pegar o cartão.
Após alguns minutos, apareceu um homem alto e magro em um carro cinza. Não foi informado o prejuízo financeiro da vítima.
PIX
No último dia 20, um homem perdeu R$ 33 mil em golpe via Pix, também em Araraquara. O engenheiro mecânico, de 33 anos, recebeu uma ligação de um suposto gerente de uma agência bancária informando que movimentações suspeitas estariam sendo realizadas em sua conta pelo Pix.
O falso gerente teria enfatizado que o “Banco Central” tentava cancelar essas transações, e que o celular da vítima também estaria clonado. Em seguida, o golpista informou que precisaria realizar alguns procedimentos para bloquear essas transações.
Para barrar essas transações, o falso gerente enviou pelo WhatsApp um link com um texto para ser copiado e colado na conta do Pix da vítima, através do aplicativo do banco. Porém, após seguir as orientações do “gerente”, a vítima notou que várias transações via Pix foram realizadas, totalizando prejuízo de R$ 33 mil.
PREVINA-SE
Desconfie de ligações suspeitas e retorne para a Central de Atendimento da agência bancária ou operadora de cartão. Ligue de outro número ou após cinco minutos, pois os golpistas grampeiam o telefone da vítima por até dois minutos da finalização do contato – mesmo se ligar para o número informado no cartão, será o golpista atendendo a ligação.