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CotidianoHá 43 anos no ramo, comerciante conta como transformou paixão em uma das bicicletarias mais antigas de Araraquara

Há 43 anos no ramo, comerciante conta como transformou paixão em uma das bicicletarias mais antigas de Araraquara

No Dia Mundial da Bicicleta, conheça a história de Luís Antônio Sabino, ex-ciclista que hoje é dono de uma bicicletaria no Vale do Sol

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Desde 1981 no ramo, Luis Antônio Sabino, de 65 anos, mantém uma bicicletaria em Araraquara. A loja atualmente fica no Vale do Sol, e é uma das mais antigas da cidade.

A paixão de Sabino começou no esporte e depois foi parar na oficina. “Cheguei a me formar em eletrotécnica, educação física, mas achei que não ia ser feliz.”

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O empresário foi atleta e competiu em provas dos 18 aos 32 anos, somando mais de 400 participações em provas. Ele inclusive foi pupilo de um dos maiores nomes do ciclismo brasileiro: de Anésio Argenton. Nascido em Boa Esperança do Sul, Argenton representou o Brasil em Jogos Olímpicos e Pan-Americanos na década de 1960.

“Ele foi inspiração para uma das logos da marca Caloi”, disse Sabino.

Uma paixão que nunca mais saiu do coração

“Um dia estava no Náutico, na estrada, na rodovia, brincando de jogar pedra, daí eu vi uns caras passarem de speed (bicicletas de alta velocidade) e eu nem pisquei, vi eles passarem e fiquei apaixonado”, disse Sabino sobre o início de sua fixação pelas magrelas.

Com o despertar de uma paixão, Sabino conquistou sua primeira bicicleta: uma Monark 10, comprada no finado Jumbo Eletro quando ele tinha 16 anos.

Sabino foi ciclista profissional (Foto: Raquel Baes/acidade on)

“Comprei no sábado, no domingo fui para Rincão, num batismo. Quase morri”, contou.

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Depois de andar 60 km em um trajeto de ida e volta ele contou que apagou. “Para quem nunca pedalou, eu cheguei desacordado. Lembro que deitei no Gigantão e apaguei. Fiquei mal, mas não parei mais”, brincou.

Ele começou a competir como atleta aos 18 anos e depois o ciclismo ficou para além das pistas. “A ideia era ser feliz, profissão era pro resto da vida. Então optei por trabalhar com aquilo que eu amo.”

No início, o que Sabino sabia era pedalar. Aos poucos foi aprendendo a parte mecânica ‘da coisa’ com um antigo sócio. “Aprendi com o Donizette, ele que me ensinou a trabalhar com bicicletas.”

Hoje, ele trabalha meio período em sua loja no Vale do Sol. Em sua oficina, uma figura também apaixonada pelas ‘magrelas’ atua há 20 anos com o conserto de bikes: Wellington Neves, de 37 anos.

Há 30 anos ele andou na sua primeira bicicleta. A história curiosa é que ele trocou uma galinha em sua primeira magrela. “Na época não tinha nem banco, era uma aro 16 alaranjada”, relembrou Neves.

O amor só cresceu e o sonho de profissão era ser mecânico de bikes. “Eu era criança e consertava as bicicletas, nunca tinha uma bike nova, sempre arrumava. Um dia eu quis entrar na bicicletaria, vim aqui no Sabino cinco vezes”, contou Neves.

Foi na última tentativa, quando Sabino havia quebrado a clavícula, que ele foi contratado.

Neves aprendeu a pedalar aos 7 e hoje é mecânico de bikes (Foto: Raquel Baes/acidade on)

Uma explosão de ciclistas

Pedalar não saiu ‘de moda’ mas segundo Sabino, a prática foi massificada e mudou ao longo dos anos, principalmente com a pandemia. “Na pandemia a coisa explodiu mesmo. Muitos optaram por pedalar pois não podiam sair para a academia. Foi muita gente, e deste montante, acredito que uns 30% ficou, continuou com a prática”, observou o comerciante.

Outra mudança ao longo do tempo foi o modelo. “O que mudou drasticamente foi a bicicleta em si. Antes só existia a tradicional, aro 26, agora entrou no mercado a aro 29. Foi uma renovação de frota, que trouxe prosperidade para quem tem loja”, comentou o comerciante.

Bicicletaria tem 43 anos, 8 deles no Vale do Sol (Foto: Raquel Baes/acidade on)

Do pedal para as montanhas

Se um dia o ciclismo foi uma grande paixão esportiva de Sabino, há cinco anos, virou a porta de entrada para outro amor: o trekking, conhecido pelos praticantes por longas trilhas e travessias em montanhas e serras, que podem durar dias.

“Uso a bicicleta para me preparar para esse esporte. Não que eu deixei de gostar de bicicleta, mas ela veio para somar.”

“Parei de competir, mas a bicicleta faz parte integral da minha vida”, finalizou.

Há 43 anos no ramo, comerciante conta como transformou paixão em uma das bicicletarias mais antigas da cidade (Foto: Raquel Baes/acidade on)
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Raquel Baes
Raquel Baeshttps://www.acidadeon.com/araraquara/
Raquel Baes é formada em Jornalismo pela Universidade de Araraquara (Uniara) desde 2018. Passou pelas redações do Portal g1, EPTV Central e atualmente escreve para a editoria de Lazer e Cultura do acidade on Araraquara
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