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CotidianoInadimplência chega a 26% dos contribuintes do DAAE em 2021

Inadimplência chega a 26% dos contribuintes do DAAE em 2021

Autarquia vem registrando crescimento considerável nas contas em atraso, desde o ano passado; 2020 terminou com quase R$11 milhões em dívidas

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Pandemia pode ter impactado inadimplência (Foto: Pixabay)

Quase 26% dos contribuintes estão inadimplentes com o Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara. A autarquia vem registrando crescimento considerável na inadimplência desde o ano passado.

Dados do departamento, levantados à pedido da CBN, mostram que, em 2019, 3,83% dos usuários tinham contas em atraso. O percentual saltou para 10,73%, em 2020.

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Mas a situação se agravou este ano. De janeiro a abril, a inadimplência alcançou 25,9% dos contribuintes. No mesmo período do ano passado eram 5,14%.

O administrador público Matheus Delbon aponta dois caminhos que ajudam a entender estes números. Dentre eles, a própria pandemia e a redução de renda das famílias.  

IMPACTO DA PANDEMIA

“Com certeza pode ver um impacto sim da pandemia, houve uma restrição da atividade econômica muito grande e na renda também, foi constatado algumas declarações de renda que tiveram um número bem mais baixo que nos outros anos. Mas a conta de água por ser uma autarquia municipal e ter vínculo ao poder público, há uma expectativa que não haja corte, que tenha alguma política de manutenção”, comenta.

A autarquia não quis gravar entrevista. Por nota, aponta que “por conta da crise econômica que assolou o país e o mundo no período de pandemia, a inadimplência na autarquia também sofreu um aumento considerável” e que, mesmo diante desse cenário, “manteve a prestação de todos os seus serviços”.

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Em valor real, 2020 terminou com quase R$10,9 milhões em dívidas do contribuinte. Se o percentual atual se mantiver nos próximos meses, 2021 pode fechar com R$26 milhões em contas não pagas.

O DAAE destaca ainda que tem tomando todas as providências legais e cabíveis no combate à pandemia, como a suspensão de reajuste financeiro e parcelamento de débitos em até 60 prestações.

Matheus Delbon acredita que, embora possa ser recuperada a médio prazo, a inadimplência reduz a capacidade de investimentos da autarquia. Segundo o especialista, é preciso incentivar a economia no consumo de água, e não perdoar as dívidas do contribuinte.

“A inadimplência com a energia elétrica não foi no mesmo nível, porque sabemos bem que a CPFL vem fazendo os cortes, embora tenha algumas decisões judiciais questionando os cortes na pandemia, porém os cortes fazem com que a população priorize esse pagamento. Não é simplesmente dar anistia pra quem não pode pagar a conta de água mas talvez uma tarifa mais progressiva para que estimule as pessoas a economizarem água e dinheiro. Isso auxiliaria também no combate a crise hídrica, diminuiria as contas e inadimplência”, finaliza.

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