Segundo informações do DataSUS, o público feminino tem 50% mais chances de ter um infarto do que os homens, sendo até mesmo um problema mais letal do que o câncer de mama. Para o cardiologista Yuri Brasil, essa condição é prevalente em todo o mundo e geralmente atinge as mulheres no período pós-menopausa.
“As razões para esse fenômeno podem ser diversas, mas são principalmente associadas às causas hormonais, além das mulheres não desenvolverem uma clínica de sintomas comumente ligados ao infarto, o que consequentemente posterga a procura por atendimento”, explica o cardiologista.
Os dados do DataSUS também apontam que problemas cardíacos em geral matam 16,13% das mulheres brasileiras; já o acidente vascular encefálico (AVE), previamente chamado de AVC, é responsável por 12,46%; enquanto o câncer de mama é a causa da morte de 2,46% dessa parcela específica da população.
Entre os fatores de risco mais associados, Brasil destaca depressão, ansiedade, sedentarismo, obesidade e consequências do estresse no geral, como abusos físicos e psicológicos e até mesmo o tabagismo e consumo de álcool. “Portanto, seguir uma dieta de alimentação adequada, praticar exercícios físicos regularmente e, caso necessário, buscar tratamentos que auxiliem na redução do estresse são algumas das formas mais eficazes de se prevenir contra a situação”.
O cardiologista também alerta para a importância do check-up cardiológico, pois a divergência dos sintomas comuns e a maior tolerância das mulheres à dor podem não tornar o infarto perceptível de imediato. “Então, com a atenção de um especialista é possível identificar quando houver sinais de arritmia, cansaço extremo ou falta de ar incomuns, facilitando um socorro mais eficiente”.