Cebolinha, rúcula, couve, manjericão, orégano, morango, mamão, laranja, limão, uva, jabuticaba e muitos pés de café. O jardim em frente a casa do aposentado Cláudio Sebastião Montagna, no Jardim Panorama, mais parece um pomar.
Fora a horta e árvores frutíferas, plantas ornamentais encantam a vista de quem passa pela Avenida Capitão Noray de Paula e Silva.
Há 40 anos, o araraquarense Cláudio decidiu por a mão na terra e mudar o aspecto abandonado do terreno de 80 metros de comprimento por 15 metros de largura.
“Aqui era um mato muito grande, lugar ficava abandonado, e como são duas pistas não dava pra ver nada. Meu irmão começou a plantar umas coisinhas, aí parou e eu continuei. Comecei a cuidar, fica mais bonito o lugar quando a gente cuida”, comenta.
PAIXÃO PELA TERRA
O aposentado diz que desde a infância gosta de mexer com plantas e terra. Chegou a trabalhar 10 anos em uma horta da cidade.
“Eu gosto de plantar, minha paixão sempre foi mexer na terra. Aqui tiro muita coisa pra comer, sempre dá pra família, e distribuo para vizinhos que pedem, tem que distribuir para não perder. Os vizinhos adoram aqui” , diz.
O jardim “comestível” fica embaixo de um linhão da CPFL, e ele frisa que sempre poda as árvores para não dar nenhum problema com a rede de energia.
“Eu que podo as árvores, deixo baixo devido a rede da CPFL, varro o chão todo dia. Gosto de deixar limpinho”, conta.
VAI UM CAFEZINHO?
Imagina você colher, torrar e tomar na hora um cafezinho. Pois é, com o Cláudio é assim. São mais de 100 pés de café no “jardim-pomar” que ele cuida com toda dedicação.
No ano passado ele colheu 20 quilos de café mas diz que teve muita seca. Esse ano ele espera torrar mais grãos.
“Esse ano espero tirar mais porque os pés estão formando mais, se começar a chover carrega bastante. Eu tenho uma máquina, coloco pra secar, descasco e torro, dá de 15 a 20 quilos, torro e tomo na hora. É gostoso e orgânico”, conta.
Cercado de verduras e frutas frescas, o aposentado conta que é difícil ficar doente. “Não fico doente. Como açafrão há uns 10 anos já, desde que planto. Eu mesmo faço minhas mudas, replanto, reaproveito tudo”, aponta.