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CotidianoLiliana Aufiero comanda Lupo há quase três décadas

Liliana Aufiero comanda Lupo há quase três décadas

Responsável por ‘reinventar’ a empresa, Liliana afirma que mulheres precisam ter a consciência de que são capazes de fazer tudo o que quiserem

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Liliana Aufiero comanda a Lupo, empresa fundada por seu avó Henrique Lupo

Descrita por ela mesma como curiosa, inquieta e persistente, Liliana Aufiero comanda há três décadas uma das maiores empresas de Araraquara – com mais de cinco mil funcionários e um faturamento de R$ 1.5 bilhão em 2021.

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Liliana foi a grande responsável por tirar a Lupo da falência na década de 90 e elevar a empresa ao patamar de líder no mercado nacional de meia. Aos 72 anos, a neta de Henrique Lupo, fundador da empresa, nem sonha em parar de trabalhar. 

“Vejo-me como uma mulher curiosa, inquieta e persistente. Acredito que essas sejam algumas das minhas principais características e que me fizeram estar atenta ao mercado, às tendências e, principalmente, que me ajudaram a enfrentar todos os desafios que foram surgindo ao longo do tempo. Minha vontade de deixar a Lupo como um legado para o Brasil e símbolo de tradição, qualidade e inovação é o que me move a continuar trabalhando todos dias, pensando em novidades que possam agregar ainda mais valor à Lupo”, destaca.

QUEM É LILIANA
Liliana Aufiero foi uma das primeiras mulheres a se formar em engenharia civil na USP São Carlos. É pós-graduada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e mestre em engenharia estrutural pela USP.

Em 1986 ela trabalhava em São Paulo quando foi chamada por seu tio – presidente da empresa – para trabalhar na diretoria da Fábrica de Meias Lupo. Liliana topou, mudou-se para Araraquara e ficou responsável pela área comercial.

Entretanto, no ano de 1993 a empresa beirou a falência e Liliana viu seus parentes acionistas decidirem pela venda da fábrica. Ela então pediu um ano para tentar reverter a situação.

“Assumi oficialmente o comando no momento mais desafiador que a Lupo tinha vivido e entrei na presidência decidida a reverter a situação em que se encontrava a empresa. E fico orgulhosa por ter conseguido fazer isso, com muito esforço de gestão e planejamento para reforçar a potência da marca ano após ano”, ressalta.

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Liliana reorganizou as contas, trocou todo o maquinário, abriu lojas próprias Lupo e passou a diversificar seus produtos. Em 2012 criou a vertente da Lupo Sports e em 2016 adquiriu o grupo Trifil, agregando mais dois mil funcionários.

Liliana Aufiero foi a primeira mulher da família a exercer um cargo na companhia e afirma nunca ter tido problemas por ser mulher.

“As pessoas dentro da Lupo sempre me respeitaram muito, então nunca sofri com desconfiança ou preconceito de alguém. Inclusive, o convite para a minha entrada na empresa partiu de um primo e meu tio confiou em mim, ficando sempre a meu lado dando-me suporte nessa trajetória. Acredito que todas as mulheres precisam ter a consciência de que
são capazes de fazer tudo o que quiserem, de conquistar e galgar o espaço que almejam. Minha dica é ser persistente, atualizar-se sempre e ter coragem para expor sua visão e seguir no que acredita”, afirma Liliana.
 

Lupo completa 100 anos em Araraquara
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A LUPO
A Lupo começou como uma pequena fábrica de meias, instalada na sala da casa de Henrique Lupo, no ano de 1921, com duas máquinas e uma banheira, que era usada para tingir as peças.

A fábrica era a nova aposta de Henrique Lupo, imigrante italiano, que desembarcou com a família no porto de Santos em 1888, aos 11 anos de idade. Henrique abriu uma relojoaria no ano de 1902 na Rua do Comércio Atual Rua 9 de Julho Centro de Araraquara, mas deixou tudo para trás e investiu na indústria.

A Lupo foi uma das primeiras indústrias instaladas na cidade, no início dos anos 20, e antecipou o processo de industrialização na região, que só passou a ser realizada no estado e no país nos anos 30, quando Getúlio Vargas, o então presidente do Brasil, passou a incentivar o fomento da indústria no país

A empresa tinha como prioridade a contratação de mulheres, em uma época em que elas não saiam de casa. Na década de 1970 a maior parte dos funcionários da fábrica eram mulheres que buscavam independência financeira.

“Confesso que usufrui do momento em que as mulheres começaram a ter mais coragem para mostrar serem capazes de executar o que se dispunham a fazer. Os próprios hábitos e costumes sofreram mudanças”, finaliza.

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Gabriela Martins
Gabriela Martinshttp://www.acidadeon.com/araraquara
Editora do ACidade ON Araraquara e São Carlos, está no portal desde 2018. Formada há 13 anos, atuou como repórter da Tribuna Impressa de Araraquara por mais de sete anos e tem experiência em marketing em mídias digitais -gabriela.martins@acidadeon.com
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