De acordo com o conselheiro tutelar Márcio Servino, a criança segue no abrigo municipal, devido a falta de documentação da mãe.
“A mãe esteve no Conselho Tutelar novamente, pedindo pelo filho. Entretanto, ela não tem documentação alguma dela ou da criança e não possui residência fixa, ou seja, se a promotoria precisar falar com ela no futuro, não terão como encontrá-la”, afirma Márcio.
O conselheiro afirma ainda que a criança está sendo bem cuidada por todos do abrigo. “O menino se alimentou bem, tomou banho e vem recebendo todos os cuidados necessários”, ressalta.
Entenda o caso
Uma criança de seis anos teria sido deixada em uma praça do bairro Cecap, no último sábado (02), enquanto a mãe procurava uma casa para alugar.
De acordo com o conselheiro tutelar, Márcio Servino, a mãe da criança, que seria de Minas Gerais, teria deixado o menino de seis anos, com deficiência auditiva e de fala, em uma praça e oferecido R$ 20 para crianças olharem seu filho por meia hora.
Ao avistarem o menino sozinho, moradores da região acionaram a Polícia Militar e o Conselho Tutelar, que realizaram buscas pela mãe. “Nós chegamos lá e nos deparamos com uma criança surda, muda, que não sabe libras ou escrever. Rodamos o bairro e aguardamos por quase três horas no bairro. Foi então que precisei aplicar o ECA, que pede para colocar a criança em proteção. Sem extensão familiar, tivemos que aplicar o acolhimento institucional”, explica Servino.
Cerca de quatro horas após deixar o filho, a mãe retornou à praça, onde foi avisada que o filho teria sido levado pelo Conselho Tutelar.
A mãe seguiu até o Plantão Policial, onde queria seu filho de volta. Entretanto, a mulher não contava com qualquer documento pessoal – tanto dela quanto do menino. “Sem a comprovação de que ela é a mãe da criança, nós mantivemos o menino no abrigo até que essa mãe apresente os documentos que comprovem que ele é filho dela”, reforça Servino.
A mulher não explicou quem seria o motorista do veículo que deixou a criança e a levou para ver casas para alugar.