Jabuticaba, limão, manga e acerola são algumas das frutas que ainda devem brotar em um terreno que estava abandonado, na Vila Xavier, em Araraquara. Enquanto as mudas ainda crescem, um comedouro criado pelo mesmo morador atrai aves de diversas espécies.
“Periquito, papagaio, rolinha, canário da terra, pombinha, até sabiá. Às vezes a gente está sentada aqui e está cheio de passarinho”, disse o aposentado Laércio Rodrigues da Silva, de 67 anos. “Ficou uma coisa agradável”, completou.
A ideia da revitalização foi do empresário Henrique Moutinho da Silva, 48, que mora e trabalha em frente ao terreno. Em 2013, ele e um conhecido decidiram limpar e dar utilidade ao espaço, e o projeto cresceu desde então.
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“Eu tive a ideia de fazer um comedouro e comecei a colocar alpiste, frutas, enfim, vários comidas para se alimentarem. Na primeira etapa só tinha uma altura, depois eu fiz uma segunda parte em cima e comecei a colocar água e ração. Acabou virando um pontinho de referência para os animais. Todo dia de manhã, lavo, troco a água, coloco a comida”, contou.
E os pássaros têm horário marcado, sempre no começo da manhã e no final da tarde, períodos em que o comedouro fica repleto de aves. “Eu colocava [alimento] só uma vez ao dia, agora, estou colocando duas vezes, pela manhã e à tarde”, destacou o empresário.
Após instalar o comedouro, o empresário decidiu também criar um pequeno pomar. Quem passa pelo local encontra 10 plaquinhas que sinalizam as árvores que estão plantadas ali.
“Tem de tudo aí, só falta crescer”, brincou o aposentado Sebastião Martins, 88, que viu de perto as casas que existiam ali serem demolidas, o local ser dominado por mato e, agora, a iniciativa do Henrique.
Para manter o local limpo, o empresário dedica um fim de semana a cada 20 dias. Com enxada, ele e alguns funcionários ajudam a manter o local limpo. Mas ainda falta cooperação da comunidade para que o espaço deixe de ser usado como ponto de descarte de lixo.
“Volta e meia, para algum carro jogando lixo e a gente tem que ficar catando. Esta conscientização que é difícil chegar às pessoas“, concluiu.
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