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CotidianoNúmero de mulheres que procuram por ajuda cresce 118%

Número de mulheres que procuram por ajuda cresce 118%

Atendimentos psicológicos também cresceu 63% durante o ano de 2021

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Número de mulheres que buscaram ajuda no Centro de Referência da Mulher cresceu 118% (Foto: Divulgação)

  

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O país celebra nesta terça-feira (08) o Dia Internacional da Mulher, mas, infelizmente, não há muito para se comemorar, afinal, a violência contra a mulher segue fazendo vítimas.

Em Araraquara, o número de mulheres que buscaram ajuda no Centro de Referência da Mulher cresceu 118% entre os anos de 2020 e 2021 subindo de 187 em 2020 para 409 em 2021. São mulheres que buscam por orientação ou por ajuda.

Já o número de atendimentos psicológicos, que é direcionado exclusivamente para pessoas que sofrem com violência doméstica subiu de 1.014 para 1.656 no ano passado, um aumento de 63%.

Além disso, somente no ano passado, 14 mulheres ficaram em abrigos para fugir da violência e duas foram vítimas de feminicídio.

Para a coordenadora de Políticas para Mulheres de Araraquara, Alessandra Dadona, a Lei Maria da Penha ajudou a encorajar a mulher a denunciar. “Ao mesmo tempo, há pesquisas que demonstram que um pouco mais da metade das mulheres vítimas de violência não procuram um órgão oficial para denunciar. Fato preocupante”.  

Carla Missurino é advogada e faz parte da OAB Mulher

DADOS ALARMANTES
De acordo com a advogada Carla Missurino, apesar de todos os esforços para enfrentar a violência contra as mulheres, a estatística de crimes praticados todos os dias seja de forma física, psicológica, sexuais, ainda são alarmantes. 

Ainda de acordo com a advogada, o medo de represálias por parte do agressor, a vergonha de expor a humilhação sofrida, as ameaças de perder os filhos, a exposição familiar e a falta de amparo e acolhimento institucional ainda fazem com que as mulheres aguentem caladas o sofrimento dentro dos lares deixando de denunciar e romper o ciclo da violência muitas vezes só descoberta após sua morte.  

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“O Feminicídio é o ápice de violências anteriores – sejam elas físicas, psicológicas, morais ou sexuais -, e é preciso alertar as mulheres para que percebam os sinais – “os padrões de risco” – e consigam se libertar antes que aconteça uma tragédia”, afirma.
Ainda de acordo com a advogada, as ameaças de morte, instabilidade financeira e abandono do lar são alguns dos problemas enfrentados por vítimas de violência doméstica após a denúncia  

“Ao romperem o silêncio e registrarem ocorrências, as mulheres passam a enfrentar outros problemas: sofrem ameaças de morte, precisam abandonar a casa, o emprego, ficam sem dinheiro, perdem os filhos. Mas, antes mesmo de chegarem às instâncias criminais e jurídicas, as vítimas de violência doméstica enfrentam um longo caminho até concretizarem oficialmente a denúncia”.  

Para Carla, somente ações públicas reais e verdadeiras de acolhimento e enfrentamento trará resultados positivos no combate ao crime, rompendo o silêncio e de fato fazê-las acreditar que a denúncia salvará sua vida e de seus filhos. 

“Romper o ciclo da violência contra a mulher é dar voz para todas nós em conjunto. Dando as mãos em ações já reproduzidas como uma mulher salva outra mulher daremos apoio a rede de proteção fortalecendo umas a outras e assim todas juntas denunciaremos o crime”. 

ONDE BUSCAR AJUDA
A coordenadoria executiva de Políticas para Mulheres, de Araraquara, oferece serviço de acolhimento e orientação às vítimas, atendimento psicológico e atendimento jurídico, em parceria com a Defensoria Pública. O Centro de Referência da Mulher oferece curso de arteterapia e yoga.

A cidade também possui uma Casa Abrigo para Mulheres em situação de risco de morte.

“Até o final deste mês será inaugurada a Casa das Margaridas, que será em espaço para mulheres em situação de desabrigamento, mas não risco de vida. Será um local de acolhimento onde as mulheres e seus filhos e filhas em situação de vulnerabilidade social e econômica possam receber apoio para reorganizar suas vidas e receber apoio”, finaliza Alessandra Dadona.

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Gabriela Martins
Gabriela Martinshttp://www.acidadeon.com/araraquara
Editora do ACidade ON Araraquara e São Carlos, está no portal desde 2018. Formada há 13 anos, atuou como repórter da Tribuna Impressa de Araraquara por mais de sete anos e tem experiência em marketing em mídias digitais -gabriela.martins@acidadeon.com
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