“Tentam pela ousadia”, afirma o diretor da Penitenciária de Araraquara, Rodrigo Ronchi Redivo em relação aos casos recentes de visitantes com drogas na unidade. Foram três ocorrências registradas apenas neste mês.
O complexo prisional tem aproximadamente dois mil presos, e recebe, em média, 500 visitas por fim de semana; todas são submetidas a scanner corporal.
Segundo o diretor da penitenciária, o equipamento é utilizado há quatro anos e, mesmo diante do risco, flagrantes ainda acontecem. “Eles tentam e a gente esta aqui para coibir”, afirma.
PROTOCOLO DE SEGURANÇA
Rodrigo Redivo explica que antes de entrar no complexo, a visita passa por dois equipamentos. O primeiro é um detector de metal e o segundo o scanner corporal. Caso seja identificado algum objeto estranho, o visitante é encaminhado para uma sala reservada.
“Na grande maioria dos casos, a visita já se acusa e retira o objeto. Acionamos a Polícia Militar e encaminhamos o caso até o Plantão Policial”, detalha. “Nos três casos recentes, elas delataram que estavam com objetos”, completa.
Segundo o diretor da penitenciária, todos os funcionários são treinados e as visitas são acompanhadas por agentes do mesmo sexo.
SINDICÂNCIA
Diante do flagrante, até mesmo o preso pode ser responsabilizado. A Penitenciária instaura um Processo Administrativo Disciplinar (PAT) para apurar o conhecimento do detento que receberia a visita e, consequentemente, a droga.
O preso permanece em isolamento por 10 dias e, caso seja comprovada a sua participação, a legislação prevê sanções administrativas. O resultado da sindicância também é encaminhado para o juiz corregedor.
Rodrigo Redivo lembra que antes não era possível verificar a presença da droga porque era utilizado apenas um detector de metal. “Com o scanner, hoje, nós temos mais esta ferramenta para coibir”, afirma.
De um modo geral, ele acredita que com o equipamento as visitas ficam mais receosas e tendem a evitar qualquer tentativa de levar drogas para dentro da unidade prisional.