![](https://emc.acidadeon.com/dbimagens/pais_pesquisam_1200x675_03012022153143.webp)
O movimento para compras de material escolar na primeira segunda-feira de 2022 ainda é tímido e de muita pesquisa em Araraquara.
Muitos pais faziam pesquisas de preço em lojas da cidade e trocavam mensagens em grupos de WhatsApp da escola para avisarem sobre promoções de cadernos, lápis, mochilas e muito mais.
Um aumento de 15% a 30% no valor dos materiais escolares em 2022 é previsto pela Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE).
Segundo a ABFIAE, matérias primas como papelão, lápis, papel, embalagens e produtos importados sofreram aumento devido a variação do dólar no país, somado a elevação dos preços de fretes internacionais.
A manicure Regilaine Fermiano, 39 anos, estava acompanhada do casal de filhos, uma menina que está no 8º ano e um menino no 1ª ano. Ela comentou que este ano só vai comprar o necessário.
“Comprei só o necessário mesmo porque se formos trocar tudo é um absurdo, lápis, caneta, borracha está tudo mais caro. O que temos em casa vamos aproveitar, mochila, estojo. Mas para o filho pequeno eu vou ter que comprar tudo novo porque está começando agora, já minha filha vai continuar com o que tinha”, apontou.
![](https://emc.acidadeon.com/dbimagens/regilaine_notou_1200x675_03012022153559.webp)
BATER PERNA PARA ECONOMIZAR
A educadora física Érica de Souza, 36 anos, disse que faz várias pesquisas em lojas para comprar material para a galerinha de casa. Ela contou que um grupo de WhatsApp da escola ajuda muito na troca de informações e de valores.
“Eu procuro pesquisar em três lugares, e temos um grupo das escolas que ajuda muito. Uma mãe vai para um lugar, a outra vai para outro e acabamos trocando muita informação, compramos uma coisa em uma loja e um produto em outra. Tudo encareceu, tem que pesquisar bem , frisou.
Outro ponto que ela reforçou foi de não levar as crianças juntas na hora de comprar o material. “Tem muita novidade e quando vem com as crianças nas lojas piora, porque eles escolhem sempre as novidades”, riu. “O que mais quero é um caderno no Naruto. Também quero um estojo novo”, disse Sofia, filha que a acompanhava.
Érica enfatizou que procura comprar sempre material de boa qualidade e resistente para que dure o ano todo. “O material tem que ser mais resistente com crianças, senão em seis meses tem que comprar material novo”, avaliou.
![](https://emc.acidadeon.com/dbimagens/sofia_e_1200x675_03012022153244.webp)
PERFIL DO CONSUMIDOR
Patrícia Dalla, gerente de loja de material escolar, comentou que está com muitos produtos na promoção e que manteve o valor do ano passado em diversos materiais escolares.
“Como antecipamos muito os pedidos e nos programamos, não pegamos esse aumento, na verdade os clientes estranham os valores porque o ano passado não teve aula, então tem essa diferença “, apontou.
A gerente enfatizou que houve uma mudança de comportamento do consumidor, e muitos preferem comprar online.
” O pessoal compra muito pelo zap, pais fazem vídeos chamada para as crianças escolherem, nós mandamos fotos dos cadernos. Esse tipo de mudança de consumo veio com a pandemia, é um perfil do consumidor de hoje e creio que essa é uma tendência”, refletiu.
O comerciante José Roberto Favero de Souza está no ramo de material escolar há quase 30 anos. Ele acabou de inaugurar e ampliar uma loja na região central da cidade e está otimista com as vendas deste ano.
“Investimos bastante e espero que esse ano seja mais significativo. O setor foi prejudicado devido a inflação, parte de informática está atrelada ao aumento do dólar, mas estamos praticando o preço antigo, porque tinha muita coisa no estoque ainda e trabalho com preço de atacado. A perspectiva é que o setor volte aquecido, é muito bom ver a alegria das crianças e dos pais na volta as aulas”, finalizou.
![](https://emc.acidadeon.com/dbimagens/pais_pesquisam_1200x675_03012022153159.webp)