O Parque Pinheirinho, na zona norte de Araraquara, intensificou o controle de entrada e proibiu o acesso de crianças e adolescentes desacompanhadas de um responsável adulto. A medida foi implementada após a morte de uma criança, de 4 anos, por afogamento, no último domingo (27).
Logo na portaria, um vigilante terceirizado está vistoriando os veículos para identificar quem são os ocupantes. No interior do parque, as rondas foram intensificadas com apoio da Guarda Civil Municipal.
A esteticista, Sandra Mara Valverde Reis, de 35 anos, costuma frequentar o Pinheirinho. Ela sentiu a diferença na segurança e concorda com as novas medidas.
“Está mais rigoroso, estão contando quantas pessoas estão no carro, vistoriando”, diz. “É para a nossa própria segurança”, completa.
A opinião é compartilhada pelo vigilante Jessé Mota dos Santos, 28. Ele aproveitou a terça-feira (1º) de Carnaval para passar o dia no Parque com três famílias da igreja, e aprovou as mudanças.
“Não era assim antes, tinha pouca segurança, principalmente, durante o dia. Agora está muito melhor, tem uma atenção a mais na água, salva-vidas vigiando todo perímetro. Isso traz uma segurança muito grande para gente”, afirma.
O gerente do Parque Pinheirinho, Márcio Almeida Janazzi, diz que o controle vai ser assim daqui para frente. O objetivo, segundo ele, é orientar e não inibir os frequentadores.
“A parte de orientação também é importante para que eles também se preocupem com a própria segurança, com cuidado com os filhos”, explica.
Ele justifica que, hoje, pela portaria não é possível mais a entrada de crianças e adolescentes desacompanhados. Mas ele aponta ainda outro problema: o acesso clandestino ao parque.
“Infelizmente, cortam caminho, fazem aberturas nas telas de proteção. Toda segunda-feira é feita uma vistoria para reparar estas invasões nos alambrados”, justifica.
A dona-de-casa, Edvalda Xavier, 58, diz que que a segurança foi reforçada e que os salva-vidas estão mais atentos. “Isto ajuda muito, principalmente, quem vem com criança. Só der ter o policiamento, ajuda muito a gente”, avalia.
A represa do Parque Pinheirinho tem entre 0,60m e 1,80m de profundidade. Aos finais de semana, cinco salva-vidas ficam de prontidão. Número, que segundo Márcio Almeida, está dentro da legislação para o tamanho da área de banho.
“Foi uma fatalidade, os salva-vidas estavam presente, houve tentativa de reanimação”, defende o gerente sobre a morte do garoto de 4 anos.