A novela sobre possível instalação de uma nova praça de pedágio entre Araraquara e Ibaté está próxima de um desfecho. O governo de São Paulo deve definir ainda este mês se vai ou não incluir novas praças no edital de privatização do lote Noroeste das rodovias paulistas.
A informação foi dada pelo vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), em entrevista à CBN Grandes Lagos, de São José do Rio Preto. O político deixou dúvidas se a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP) vai incluir novas praças no contrato.
“A ideia é que a gente mantenha as praças existentes, sem a inclusão de novas praças de pedágio. A ideia original da Artesp era que ela pudesse subdividir a praça de pedágio e, consequentemente, o valor dessa praça. Ao invés de você ter uma que cobre R$ 10, você teria duas que cobrem R$ 5”, explicou Garcia.
“Mas, na prática, você tem também o investimento na construção dessa praça e toda essa narrativa faz com que a gente observe que é melhor manter as praças de pedágios atuais, não criar novas e, com isso, reduzir o valor do pedágio incluindo obras. Mas, em detalhes, espero nas próximas três semanas apresentar a proposta definitiva da concessão”, completou.
A possibilidade de uma nova praça de pedágio no limite dos municípios de Araraquara e Ibaté desagradou as principais lideranças políticas da região. Nem mesmo os investimentos em obras de infraestrutura na rodovia Washington Luís angariaram apoiadores para iniciativa.
PARA RELEMBRAR
A Artesp discute desde o ano passado a concessão do lote Noroeste, que reúne estradas que cortam 49 municípios. Ao todo, são mais de mil quilômetros de rodovias, incluindo trechos administrados das concessionárias Triângulo do Sol, Tede, além do Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
Nos planos da agência reguladora, as rodovias neste lote vão receber R$ 11,9 bilhões em investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo R$ 4,5 bilhões aplicados diretamente em duplicações, acessos, viadutos e outras obras de infraestrutura.
O assunto chegou a ser debatido em audiência pública nas cidades de Araraquara e São Carlos, além de ter passado por período de consulta pública pela internet. Vereadores e prefeitos de diferentes cidades da região se mostraram contrários a essa possível instalação.
