Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Campinas, começaram a cultivar microalgas em laboratório, com objetivo de produzir biocombustível. Publicado na revista Biomass Conversion and Biorefinery, o trabalho aproveita os metabólitos, especialmente os lipídios, dos microrganismos.
A pesquisa é assinada por quatro cientistas do LOPCA (Laboratório de Otimização, Projetos e Controle Avançado) da Unicamp e, pela primeira vez, analisa e compara o crescimento e a produtividade de microalgas da espécie Botryococcus terribilis em sistemas fechados e abertos.
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De acordo com o artigo, estudos em cultivo dessa espécie têm grande relevância econômica e ambiental.
“As microalgas são os microrganismos mais antigos, responsáveis pela produção de até 50% do oxigênio que respiramos. Juntando-se a fungos, criaram a matéria orgânica que hoje conhecemos como plantas”, explicou Luisa Fernanda Ríos, pesquisadora do LOPCA.
ENTENDA
Os óleos da microalga Botryococcus terribilis são adequados para a produção de biocombustíveis, porque são compostos por hidrocarbonetos de cadeia longa e maior quantidade de ácidos graxos saturados e monoinsaturados. O petróleo também tem em sua composição essas microalgas, que por sua vez estão depositadas no fundo do mar e da terra.
Ainda segundo Luisa Fernanda, também é possível extrair as proteínas e carboidratos das algas, para aproveitá-los como alimentos e produtos, que podem ser utilizados na área cosmética. Entre os componentes, está a ficocianina, um pigmento naturalmente azul.
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