- Publicidade -
CotidianoPicadas de escorpião levam 92 pessoas a atendimento médico

Picadas de escorpião levam 92 pessoas a atendimento médico

Acidentes foram registrados entre janeiro e abril pelo Centrap; ocorrências costumam aumentar no período mais quente e chuvoso do ano

- Publicidade -

Escorpião-amarelo é considerado o venenoso da espécie (Foto: Divulgação / Ministério da Saúde)

 

- Publicidade -

Nos primeiros quatro meses deste ano, 92 pessoas foram atendidas vítimas de picadas de escorpião, em Araraquara – uma a menos em relação ao mesmo período de 2021. O número é do Centro de Tratamento Regional de Acidente por Animais Peçonhentos de Araraquara (Centrap). 

A publicitária Jéssica Ingrid Clescic de Souza, de 32 anos, foi uma das vítimas mais recentes do animal. Na última sexta-feira (22), ela foi picada enquanto limpava o quarto. 

“Eu só senti o meu pé pegando fogo, literalmente, queimando. A hora que eu olhei, o escorpião, de uma espécie pequena, estava grudado no meu tornozelo”, lembra. 

O mesmo aconteceu com o jornalista Felipe Santilho. Ele foi picado na mão ao se deitar em um colchão que fica no chão da sala de casa. 

“Ele [escorpião] estava embaixo do lençol e eu não vi. Na hora que eu pus a mão, ele picou o meu dedo. Senti uma dor muito forte. Nunca tinha sentido essa dor”, conta. 

- Publicidade -

Estes casos não são isolados. Em 2021, por exemplo, foram 234 registros de acidentes com escorpiões, atendidos pelo Centrap.  

A publicitária Jéssica de Souza foi picada enquanto limpava o quarto (Foto: Arquivo Pessoal)

O biólogo, técnico em enfermagem e um dos responsáveis pelo Centro, Israel Aparecido Joaquim, conta que os acidentes costumam aumentar entre novembro e maio, por ser um período mais quente e chuvoso, ou seja, com condições ideias para o aracnídeo. 

Ele explica que a melhor forma de prevenir acidentes é dificultar o acesso do animal à residência, tapando frestas de janelas e portas, grelhas de quintal e ralos de banheiros. 

“Todas as vezes que for calçar um sapato que ficou embaixo da cama, também é bem interessante chacoalhar porque os animais entram [no calçado] e a pessoa pode sofrer um acidente”, completa. 

“É importante manter quintal limpo, não acumular entulho de construção e manter as caixas de gordura sempre limpas, fazendo manutenção a cada seis meses para não atrair baratas e, consequentemente, escorpião”, reforça. 

Israel Joaquim salienta que nenhuma dedetização é eficaz. Segundo ele, o veneno não funciona como barreira química e não mata o animal. 

EM CASO DE ACIDENTES 

O Felipe Santilho procurou imediatamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, que é referência em acidentes com aracnídeo, até mesmo para pessoas com convênio médico. 

Lá, ele foi examinado e medicado com o soro que bloqueia o veneno do animal. “Estou bem agora, tomando todo medicamento que me passaram. Estou feliz de estar em casa e com saúde, e de poder alertar as pessoas”, diz o jornalista. 

O biólogo complementa que é preciso procurar atendimento médico imediatamente e, se possível, com o animal causador do acidente para que seja ministrado o medicamento correto. 

Outra orientação é não cortar, amarrar ou sugar o local da picada. A aplicação de gelo também deve ser evitada. 

- Publicidade -
Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -