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O porteiro de um CER (Centro de Educação e Recreação) no Yolanda Ópice, em Araraquara, procurou o plantão policial para denunciar ter sido vítima de racismo e LGBTfobia praticado por uma mãe. O caso foi registrado na última segunda-feira (22) e vai ser investigado.
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À Polícia Civil, a vítima, de 38 anos, disse atuar como porteiro e a mãe ficou gritando e batendo no portão da unidade. Ao atendê-la, a “visitante” proferiu as seguintes ofensas de cunho racistas contra a vítima: “vai seu preto, você tem que me atender bem neste portão”.
Após esse episódio, no horário de abertura normal do portão, a mãe da estudante voltou a insultar a vítima e, desta vez, proferiu ofensas LGBTfobicas: “vou te esperar aqui fora, você é mulher igual a mim […] vai sua rapariga, vou esperar sua ligação na segunda”.
O porteiro ressaltou a Polícia Civil que as ofensas ocorreram na frente de todos os pais e estudantes e terminaram somente quando o ônibus foi embora. A vítima disse ter sido constrangida e registrou o ocorrido para representar criminalmente a acusada.
SEGUNDO REGISTRO NESTA SEMANA
Este foi o segundo caso de racismo registrado nesta semana em Araraquara. Na última segunda-feira (22), o acidade on noticiou a mãe de um aluno que procurou a Polícia Civil para denunciar uma merendeira por chamar o filho, de 7 anos, de “urubu”.
Dados da coordenadoria de Políticas Etnicos-Raciais apontam que de julho de 2022 a maio de 2023 foram registradas 30 denúncias de racismo em Araraquara. Os locais mais comuns para esse tipo de crime na Morada do Sol são escolas e ambientes de trabalho das vítimas.
O Centro de Referência Afro vem estimulando as vítimas de injúria racial e de racismo a seguirem com o processo até a condenação dos acusados. O espaço, além de oferecer acolhimento, possui canal de denúncia, o “SOS Racismo”, pelo telefone (16) 99626-9466.
APOIO À VÍTIMA
Procurada, a secretaria municipal de Educação informou ter tomado conhecimento do caso e a direção da escola prestou todo o apoio ao funcionário, que é de uma empresa terceirizada prestadora de serviço da unidade escolar.
“Imediatamente, a direção fez o acolhimento da vítima e o acompanhou até o Centro de Referência LGBTQIA+, onde ele foi orientado a buscar seus direitos na Polícia Civil, que agora dá andamento ao caso”, afirmou em nota ao acidade on.
A Prefeitura reforçou que as pessoas que forem vítimas ou presenciarem caso de LGBTfobia na cidade, façam encaminhamentos pelo Centro de Referência e Resistência LGBTQIA+ “Nivaldo Aparecido Felipe de Miciano (Xuxa)”, que fica na Avenida Espanha, nº 536, Centro, e que pode ser contatado pelo telefone (16) 3339-5002.
A cidade também conta com o plantão de atendimento 24 horas, que atende pelo número (16) 99751-3567. Importante ressaltar que em algumas situações de violência imediata, o número que deve ser acionado é o 190 da Polícia Militar.
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