Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que até 2060 a média de filhos por mulher deve passar de 1,77 para 1,66 no país. Segundo o urologista Dr. Rodrigo Quarteiro, os números refletem uma realidade percebida no consultório, onde a busca por procedimentos cirúrgicos que impedem a gravidez de forma inesperada também tem se mostrado em alta.
“A procura pela vasectomia tem aumentado muito, principalmente por ser uma opção prática quando colocada em comparação com uma ligadura de trompas, por exemplo, em que o procedimento cirúrgico é intra-abdominal. No homem, o corte é na pele, simples, rápido, sem exames e o paciente pode voltar ao trabalho em até cinco dias”, comenta. A procura de pacientes que querem fazer vasectomia cresceu de 30 a 40%.
Quarteiro explica que a vasectomia é um dos procedimentos feitos dentro de consultório médico adequado, sem necessidade de internação. “A cirurgia consiste apenas em tirar um pedaço mínimo do ducto que leva o espermatozoide para a próstata e amarrar firmemente as bordas para que não haja a recanalização”.
Contudo, Quarteiro ressalta que nenhum método contraceptivo é totalmente eficaz e, mesmo em uma cirurgia como a vasectomia, pode acontecer uma recanalização espontânea. A orientação é que todos que já passaram pelo procedimento façam um exame denominado espermograma anualmente, a fim de conferir se não houve alguma alteração.
O urologista também diz que, ao contrário do mito popular, a vasectomia não causa impotência sexual, nem diminui a produção de hormônio masculino. Apenas bloqueia o caminho do espermatozoide até o sêmen. “Então, ainda haverá ejaculação desse líquido branco e o paciente não terá nenhuma interferência de prazer”.
Dessa forma, quando as pessoas têm uma decisão acertada sobre não querer ter mais filhos, procurar um urologista pode ser a forma mais prática e objetiva de resolver a situação. “O especialista irá explicar todos os detalhes do procedimento, apresentar possíveis riscos e tirar qualquer dúvida que ainda possa restar”, diz o Dr. Rodrigo.
