A chuva tem causado transtornos para os produtores rurais de Araraquara. Além dos estragos nas lavouras de frutas e hortaliças, o excesso de água deixa ainda pior a situação das estradas de terra o que dificulta o escoamento da produção.
As chuvas contínuas que já duram quase uma semana na região de Araraquara têm causado transtornos para moradores e produtores rurais.
A feirante Fátima Dias Bueno produz hortaliças e frutas no assentamento bela vista. Ela conta que já perdeu muitas unidades de alimentos sensíveis como alface, cheiro verde, manga e quiabo e que o prejuízo tem sido grande.
“Está difícil a produção, porque a verdura não sai do chão. Com chuva a verdura apodrece, quiabo vai ser difícil encontrar semana que vem. Choveu a semana inteira muito pouco se produz O chão está encharcado “, avaliou.
A feirante explica que tantas perdas em um curto espaço de tempo acabam pressionando o preço dos produtos. Alguns como o alface já tiveram um reajuste de pelo menos 20%.
“A florada da pitaya já não teve na semana devida a chuva. Em tempos normais sem chuva vendíamos por R$2,50 mas com a chuva sai a R$3. Está difícil manter o preço, fora a chuva há o aumento de combustível, sacolinha que usamos”, apontou.
ESTRADAS RURAIS PRECÁRIAS
Outro problema não só na vida da dona Fátima, mas também dos vizinhos que moram no assentamento, são as condições das estradas.
Com a interdição da ponte dos machados para obra de construção de uma nova estrutura, eles precisam utilizar desvios por vias de terra.
Sem contar os acessos ao assentamento que estão intransitáveis, como contou o aposentado Otacílio Rodrigues da Silva que mora no local há mais de 30 anos.
“Não aguentamos mais essas estradas desse jeito, precisamos organizar essas estradas, toda a vida está assim largado. Atolamos sempre, é um atoleiro na serra daqui, difícil sair”, contou.
E no momento em a reportagem da CBN fazia a entrevista com o seu Otacílio ele estava justamente ajudando a desatolar a caminhonete do comerciante Noel Ferreira que costuma buscar espigas de milho pra revender na cidade.
“Eu vim cedo para buscar os milhos e aqui está numa serra que não sobe mais com a caminhonete, tem muito barro e não vai. Quando não é época de chuva é buraco, todas estradas estão ruins por aqui”, encerrou.