E nesse dia em que há apelo para o consumo por toda parte, é importante ficar atento à compulsão, e não se deixar levar pelas tentações dos descontos.
As ofertas, obviamente, são sempre bem vindas, mas os especialistas alertam que não dá para “gastar o que não tem para comprar o que não precisa”.
A psicóloga e colunista da CBN, Naiara Mariotto, alerta para os gatilhos que levam a esta impulsividade. Segundo ela, o consumo pode estar atrelado a outras doenças, que precisam ser autoavaliadas.
“É muito comum as pessoas que, logo após a aquisição, encontrarem o sentimento de culpa. O que é importante deixar claro é que, a própria compulsão pode vir atrelada a outras doença. A compulsão envolve sintomas contínuos e profundos, que acabam paralisando a vida da pessoa que está sofrendo com essa doença, podendo até tirá-la do convívio social, pois ela fica o tempo todo querendo comprar. É importante identificar os gatilhos que levam a pessoa a comprar tudo o tempo todo e tente se afastar desses gatilhos que te impulsionam a comprar o tempo todo”, explica.
A psicóloga destaca ainda que o consumo compulsivo muitas vezes está ligado a questões emocionais, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
“Já existem pesquisas demonstrando que entre 80% e 94% das pessoas que são compradoras compulsivas, são do sexo feminino. Esses mesmos estudos falam que adquirir esses produtos que irão preencher ou os nossos sonhos ou objetivos, ocorrem por conta da liberação da endorfina. Nós encontramos uma ligação direta entre a compulsão e a depressão, a compulsão e a ansiedade e a baixa autoestima. Muitas pessoas acabam usando a compulsão como uma válvula de escape para o alívio das tensões”, finaliza a psicóloga.