Os réus acusados de matar a travesti Bruna Torres, na época com 26 anos, começaram a ser julgados na manhã desta terça-feira (4), no Fórum de Araraquara. O crime aconteceu em setembro de 2019 em uma pensão, na Vila Furlan.
O corpo de Bruna foi encontrado com sinais de violência, com as mãos e pés amarrados às margens da Rodovia Deputado Vicente Botta (SP-215), próximo ao trevo da entrada do bairro Cidade Aracy, em São Carlos.
Duas pessoas foram presas acusadas de participação no crime e estão sendo julgadas: Caio Augusto Rodrigues Oliezer e Dionathas Batista Oliveira. Já o namorado de Caio, Tiago Augusto Chiarelli, 30, conhecido como Tamy, que também é travesti e seria o responsável pela pensão, segue foragido.
Os réus respondem por homicídio com qualificadoras, como motivo torpe, emprego de tortura e emboscada.
O CRIME
Na ocasião, o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Gilberto de Aquino, disse que o crime ocorreu em uma pensão onde travestis ficavam hospedadas. Na sequência, o corpo foi abandonado.
Na pensão, os investigadores encontraram fios de cabelo e manchas de sangue espalhados em alguns cômodos. Também foram apreendidos objetos que demonstraram que a vítima devia R$ 800 para a cafetina, motivo pelo qual ainda não havia deixado à pensão.
Vizinhos relataram à polícia que escutaram uma discussão e barulho de móveis sendo arrastados na pensão na madrugada do dia 15 de setembro. Os investigadores também concluíram que o carro do casal deixou o local logo em seguida.
Bruna Torres, como era conhecida nas redes sociais, tinha 26 anos e era natural de Manaus (AM), mas morava em Araraquara.