Uma mãe de Santo procurou a Polícia Civil na última terça-feira (9) depois que uma celebração religiosa em um terreiro de Umbanda no Parque São Paulo foi interrompida por um grupo de pessoas com ofensas e agressões verbais.
O caso aconteceu na noite de segunda-feira (8) e também foi denunciado nas redes sociais da vereadora Filipa Brunelli (PT).
A primeira Gira (culto religioso na Umbanda) havia acabado de começar no terreiro, por volta das 19h30. Seria o a primeira celebração no novo local, já que antes os cultos eram realizados em outro imóvel.
“A gira acontecendo, a assistência (frequentadores) cheia, meu esposo lá fora. Eles chegaram umas 19h45, vieram em bando, aparentemente evangélicos. Vieram xingando, dizendo que eles cultuavam Deus e a gente demônios. Disseram que a situação era inadmissível, que o salão era para ser só de igrejas evangélicas”, disse a responsável pelo terreiro de Umbanda Cabocla Jupira e Boiadeiro Francisco da Porteira, Neide Sandri, a madrinha Nina.
“A gente se sente ameaçado, pelo fato das pessoas não saberem como é nossa cultura e ficar julgando, isso é muito triste, e tenho certeza que não é só comigo, com minha casa de Axé, mas em outros terreiros e eles não têm para onde correr. A gente têm força e têm que se unir”, completou a madrinha.
O caso foi registrado como “Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo” no Plantão Policial de Araraquara.