A Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) Campus Araraquara reabriu, nesta segunda-feira (30), o restaurante universitário. O local foi fechado com problemas estruturais e sanitários em 2014 e reaberto apenas oito anos depois.
Na fase de reabertura, são oferecidas 700 refeições diárias no almoço, sendo 600 subsidiadas, por R$ 4,80, para estudantes da graduação, com prioridade aos atendidos pela Permanência Estudantil e 100 não subsidiadas, por R$ 9,80, destinadas a alunos de graduação acima do limite das 600 subsidiadas, alunos da pós-graduação, docentes, técnicos-administrativos, trabalhadores terceirizados e visitantes.
O cardápio do novo restaurante universitário vai ser formado pelo prato principal proteico, guarnição, salada, arroz (branco e integral), feijão, sobremesa e minipão. Salada, arroz e feijão serão servidos à vontade. Haverá opção onívora, vegetariana e vegana.
A administração do espaço é feita pela Faculdade de Ciências e Letras (FCL), mas atende toda a comunidade do Campus Araraquara. Para viabilizar a reabertura, houve chamamento público e feita uma parceria com Organização da Sociedade Civil (OSC) chamada Seara Norte.
Ao acidade on, o diretor da FCL, Jean Cristtus Portela, celebrou a reabertura do restaurante universitário e reforçou que serão atendidos estudantes matriculados nas diferentes unidades da Unesp.
“É um momento de alegria não só para os colegas da Faculdade de Ciências e Letras e estudantes, mas para todo o Campus de Araraquara, porque embora a FCL administre o RU, nós atendemos, como sempre atendemos, as demais unidades da Unesp”, disse.
Inicialmente, o restaurante universitário funcionará de segunda a sexta-feira das 11h30 às 13h30 com as fichas ou créditos sendo comprados pelos estudantes através do sistema interno da instituição de ensino, respeitando as regras divulgadas em comunicado da direção.
Segundo Portela, uma pesquisa realizada em parceria com a Paulista Júnior revelou preferência de consumo no período do almoço. Com isso, somado a escassez de recursos para garantir o funcionamento do restaurante em dois períodos optou-se por esse horário inicial.
“Quando vimos haver uma tendência de consumo do almoço pensamos numa abertura responsável, pois com o orçamento que temos precisamos considerar isso. Por isso que nessa primeira fase teremos 600 refeições subsidiadas no almoço e, para se ter ideia do que significa isso, na Faculdade de Ciências e Letras temos 2,5 mil alunos de graduação distribuídos nos vários períodos e teremos 600 refeições no almoço”, explicou.
Apesar de a primeira fase não contemplar todos os estudantes do Campus, o diretor da FCL garantiu que o desejo é ampliar a oferta em breve. Para isso, vai pesar a qualidade da refeição, o modelo escolhido e como será o consumo por parte da comunidade.
“Queremos nos próximos meses e estamos lutando para isso em orçamento e questões operacionais, estender o número de refeições para o jantar, podendo atender a médio e longo prazo a necessidade em segurança alimentar da nossa faculdade e das demais do Campus da Unesp de Araraquara”, disse.
“Assim que conseguirmos mais recursos financeiros no contexto da própria Unesp, pois essa não é só uma decisão da Faculdade de Ciências e Letras, mas que cabe aos colegiados centrais da Unesp e reitoria. Assim que conseguimos mais recursos financeiros certamente teremos como aditar o contrato com a organização da sociedade civil, buscar uma solução para que a gente amplie a alimentação e segurança alimentar dos alunos do noturno, onde sabemos que existe um grande parcela de trabalhadores que vem para a universidade e tem necessidade como todos os nossos outros alunos”, completou.
Questionado sobre a previsão de ampliação do restaurante universitário, o diretor da FCL apontou que neste momento o foco é mantê-lo aberto e depois lutar para ampliar o orçamento e conseguir atender mais gente.
“Abrir um RU é uma tarefa, agora mantê-lo aberto é tanto mais importante. Então quando demos esse passo, foi com bastante luta, empenho e ficamos alegres sim, eu como diretor, o professor Rafael Orsi como vice-diretor, a equipe, eu penso que a comunidade, por mais que ela sinta que não tem toda a sua necessidade atendida, sabe entender que nesse momento o grande passo dado é a abertura e com uma quantidade expressiva de refeições e esse sistema deve ser aprimorado nos próximos meses a depender da disponibilidade orçamentária e dos hábitos de consumo da comunidade”, finalizou.