O déficit no corpo docente fez com que a Faculdade de Ciências e Letras da Unesp discutisse, nesta sexta-feira (04), a possibilidade de redução no número de vagas nos cursos de Administração Pública e Ciências Econômicas, no Campus de Araraquara.
A instituição debatia alterações e reestruturações curriculares demandadas por legislação federal. Os cinco cursos da FCL precisaram atender a essas demandas e Administração Pública e Ciências Econômicas incorporaram à iniciativa uma possível redução de vagas, em 20 e 25%, respectivamente.
A reestruturação curricular foi acolhida pela Congregação, porém, o Colegiado rejeitou a redução de vagas para ambos os cursos. O encontro durou toda a manhã e foi considerado produtivo pelo diretor da Faculdade de Ciências e Letras, Jean Cristtus Portela.
“A Congregação entendeu que as propostas estavam bem formadas no que diziam respeito a reestruturação no seu mérito político-pedagógico, mas manifestou desacordo massivo em relação a redução de vagas”, explicou em entrevista ao acidade on.
“Não haverá redução de vagas nos cursos de Administração Pública e de Ciências Econômicas. Seguimos com 100 vagas nos dois cursos, 50 em cada turno”, completou.
A possível redução no número de vagas nos cursos recebeu moção de repúdio na última sessão da Câmara, na terça-feira (01). O documento foi apresentado pelo vereador Guilherme Bianco (PC do B) e encaminhado para representantes da instituição.
Segundo Portela, as propostas foram discutidas internamente na instituição e partiram dos cursos de graduação. O diretor da FCL atribuiu a sugestão ao déficit no corpo docente e a ausência de contratação de profissionais que ocorre desde 2014.
“Traduzem a desesperança, o cansaço, o cenário de alta carga de trabalho que os docentes estão enfrentando em um cenário em que a Unesp não contrata professores ao menos desde 2014. O compromisso da FCL fica mantido com o oferecimento de vagas”, justificou.
“A boa notícia é que a Unesp voltou a contratar professores a partir deste ano, inclusive na área de Ciências Econômicas e nosso desejo é que entre 2022 e 2024 a gente possa sanar a grande parte dos problemas com a reposição do quadro de docentes”, finalizou