Aqui em Araraquara, o mês de julho registrou redução no preço do etanol e da gasolina. É o menor valor já registrado nos últimos 11 meses. Os motoristas dizem que já estão sentindo a mudança, mas querem mais diminuição.
O preço do etanol no mês de julho, em Araraquara, é o menor nos últimos 11 meses, desde agosto de 2021. Já o preço da gasolina no mês de julho, é o menor desde outubro de 2021.
De acordo com a ANP, agencia nacional do petróleo, o etanol hidratado em Araraquara, está em média, R$ 4,17, levando em consideração a medição feita entre os dias 17 e 23 de julho. O valor máximo encontrado foi de R$ 4,79 e o mínimo de R$ 3,84.
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Esses números são da semana passada, então no próximo levantamento eles devem estar ainda mais baixos.
Na gasolina, no mesmo período, o valor médio do litro é de R$ 5,91. O maior valor foi de R$ 6,39 e o mínimo de R$ 5,69.
O primeiro anúncio de redução do ICMS foi da gasolina. Aprovada no congresso, uma lei federal determinou a diminuição de 25% para 18%, no dia 27 de junho. A nova regra do governo federal recebeu críticas de estados e municípios pela perda de arrecadação. Depois, em 18 de julho, o governo de São Paulo anunciou uma redução do ICMS que incide sobre o etanol, caindo de 13,3% para 9,57. A expectativa era reduzir o valor do litro do combustível em pelo menos R$ 0,17.
Para muitos motoristas os preços não estão mais baratos, mas sim menos caros. É o caso aposentado Júlio Gimenes. Ele conta que tem um carro flex e prefere utilizar o etanol já que só circula pela cidade.
“Essa baixadinha ajuda, mas voltou ao que era há uns dois meses atrás e nossa salário só reajusta uma vez no ano”, explica.
A empresária Daniela Alves prado disse que com a diminuição no preço dos combustíveis vai dar pra usar o dinheiro nas compras do mês, por exemplo. Ela também comenta que dá pra voltar a fazer aquela continha pra saber se é melhor abastecer com álcool ou gasolina.
É excelente, porque assim dá para economizar e comprar o arroz e feijão que ainda está caro”, ressalta.
A comerciante Adriana Aparecida diz que a diminuição foi boa sim, mas que se os preços caíssem ainda mais seria melhor.
“Se baixar mais é melhor. A moto é mais econômica, mas é um dinheirinho que faz falta”, diz Adriana.
O economista José Rita Moreira explica que as ações do governo federal e do governo estadual explicam essa percepção de queda.
“Os consumidores percebendo a queda dos preços nas bombas de combustíveis, é fruto de dois fatores – a redução dos impostos estaduais e federais e também da cotação do petróleo internacional, que está em queda e isso permite essa redução aqui, até porque a Petrobras ainda usa a paridade internacional”, explica.
Entretanto, o economista faz um alerta sobre a situação do diesel. Fatores como a pandemia e principalmente a guerra na Ucrânia, tem influenciado diretamente no preço desse combustível, o que pode acabar refletindo em outros produtos.
“Nesses últimos dias temos percebido que o diesel está com dificuldade de baixar o preço, pois a Rússia está diminuindo o fornecimento de gás para a Europa e eles estão substituindo pelo diesel, então a cotação do diesel está muito alta. Como pano de fundo disso tudo está o dólar, que ainda se mantém muito alto”, finaliza.
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