Em março deste ano, o consumidor araraquarense que desembolsava R$ 762,08 para adquirir todos os itens que compõem a cesta básica, agora precisa dispor de pelo ou menos R$ 775,44, R$ 13,35 a mais.
Este é o segundo aumento registrado após três meses consecutivos de queda, entre janeiro e março deste ano. Um fator que, segundo o pesquisador do Núcleo de Economia, Marcelo Cosssalter, interrompe um período de recessão nos preços. “O aumento atingiu todas os setores pesquisados e interrompe uma tendência de queda que vinha sendo registrada”.
Considerando o valor unitário médio dos 32 itens que foram analisados na pesquisa, 22 apresentaram alta, enquanto nove registraram redução em abril de 2021.
Na categoria de alimentação, a elevação atingiu 14 dos 23 itens listados; na de limpeza doméstica, 3 dos 4 itens; e na de higiene pessoal, em todos os 5 itens que compõem o grupo. Na alimentação o destaque foi para a carne de segunda que ficou com o preço duro de engolir.
“Do ponto de vista das exportações, alguns produtos como soja e leite e até mesmo o açúcar foram enviados para o mercado externo e isso gera escassez e alta de preço”
Ainda que tenha sido registrado queda entre alguns itens de maior peso, como o arroz branco, o açúcar refinado e o frango resfriado, a alta observada em outros produtos foram superiores, pressionando o valor médio da cesta que encerrou o mês em alta.
Para o especialista o momento ainda é de pressão na economia, um quadro que deve manter os preços lá em cima por mais um tempo. Mas, com a volta do auxílio emergencial há a previsão de inserção de R$ 44 bilhões que deve favorecer a economia através da sustentação do consumo das famílias mais vulneráveis.