A cesta básica está R$154,77 mais cara em Araraquara. O valor registrado em julho é quase 25% maior ao que era pago no mesmo mês do ano passado. Se antes o consumidor gastava R$648,35 pelos itens de primeira necessidade, agora, precisa desembolsar R$803,12.
João Delarissa, economista do Sincomércio Araraquara, responsável pelo levantamento, aponta a exportação e a pandemia como influências para este cenário.
Atualmente, o preço médio da cesta básica em Araraquara consome 73% do salário mínimo.
A boa notícia é que após três meses seguidos de alta, a cesta básica fechou o mês de julho, com uma tímida redução, em relação a junho a queda foi de R$3,49.
Enquanto os itens de higiene pessoal e limpeza doméstica continuam em alta, o grupo de alimentos, que é responsável por 83,17% do valor da cesta, apresentou queda de preço.
Para o economista João Delarissa, embora alguns produtos tenham tido significativo aumento no período, outros, em queda, equilibraram a soma total. “Os itens de alimentação variaram de forma muito irregular e estes alimentos tem peso maior na cesta”, explica.
Em decorrência de fatores climáticos, o café registrou o maior aumento (8,2%). Por outro lado, itens de hortifrúti puxaram o valor da cesta para baixo: batata (-31,6%), cebola (-17,3%) e o alho (-6,7%).
João Delarissa explica que as perspectivas não são otimistas para os próximos meses. A orientação é pesquisar e substituir alguns alimentos.
“Cabe aos consumidores algumas estratégias para driblar os preços altos. Ir ao supermercado em dias fora da data de pagamento, fazer lista de compras para evitar consumo por impulso, são algumas dicas”, finaliza.