A gigante brasileira do setor aeronáutico Embraer – com unidade em Gavião Peixoto, na região de Araraquara -, anunciou nesta terça-feira (19), uma parceria (joint-venture) com a britânica BAE Systems para a formação de um novo negócio voltado ao desenvolvimento de variantes do “carro voador” (eVTOL, na sigla em inglês) especializado no setor de defesa, área em que a Embraer também tem tradição.
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O anúncio foi feito durante o Farnborough Airshow, evento do setor aeronáutico na Inglaterra. Com a utilização do eVTOL na área de defesa, as empresas estimam uma encomenda adicional de 150 unidades, que se somam aos 1.910 pedidos que a Embraer já angariou para o modelo, que só deve começar a operar a partir de 2026.
“Nosso eVTOL pode ser adaptado para atender diversas aplicações essenciais neste mercado, como resposta humanitária e socorro em desastres. Essa colaboração também indica que o mercado de defesa pode ser mais sustentável e, ao mesmo tempo, permite que a Eve permaneça focada em explorar o mercado de Mobilidade Aérea Urbana”, disse o copresidente da Eve (empresa da Embraer que desenvolve os carros voadores), André Stein.
TRABALHO CONJUNTO
“As equipes da BAE Systems e da Embraer continuarão trabalhando juntas para explorar como a aeronave, projetada para o mercado de mobilidade urbana, pode fornecer capacidade econômica, ser sustentável e adaptável como uma variante de defesa,” disse o presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider.
Em dezembro de 2021, a Embraer e a BAE Systems haviam divulgado planos para colaborar no desenvolvimento do eVTOL da Eve como uma potencial variante de defesa. “Este acordo reforça a confiança das principais organizações aeroespaciais no veículo da Eve e sua adaptabilidade para outros fins além da mobilidade aérea urbana”, disse a empresa, em nota.
O diretor de Operações da BAE Systems Air, Ian Muldowney, disse que o ambiente operacional dos clientes está cada vez mais complexo. “O eVTOL é apenas um exemplo de como estamos olhando para tecnologias emergentes, incluindo aquelas do mercado comercial. Estamos explorando como podemos adaptar essas soluções para trazer capacidade operacional vital para nossos clientes de forma rápida e a um menor custo, ao mesmo tempo apoiando as metas ambientais e de sustentabilidade”, comentou.
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