O primeiro Dia das Mães depois de dois anos de medidas restritivas impostas pela pandemia da covid-19 é visto com otimismo pelos lojistas de Araraquara. A aposta para este ano é um volume de vendas maior, porém, com produtos mais baratos.
“Ela pediu um carro, mas, eu não tenho condições. Aí a alternativa foi comprar uma blusinha igual a minha porque a gente gosta da mesma coisa”, brincou a promotora de vendas Cristiane Freitas Linhares, de 33 anos, sobre o presente da sua mãe.
O vestuário costuma ser o carro-chefe do comércio varejista, acompanhado dos calçados e acessórios. Para este ano, os lojistas destes segmentos estão esperançosos, já que é a segunda melhor data para o varejo, atrás apenas do Natal.
O presidente do sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomércio), Antônio Deliza Neto, projeta um crescimento nas vendas de 10% em relação ao ano passado. Ele acredita que o reencontro das famílias, pós-isolamento social, deve fomentar este aumento.
“Esta é nossa esperança. É um momento mais tranquilo e favorável ao encontro das famílias”, resumiu.
Em uma loja de vestuário feminino, no Centro, o movimento já está maior que o habitual. A gerente, Suzi Paula Faria, destacou que até a queda nas temperaturas deve impulsionar as vendas.
Para este ano, ela espera um volume 70% maior. “As lembrancinhas têm sido a maior procura porque mesmo com a economia voltando de uma forma mais lenta, [os filhos] não vão deixar de comprar”, explicou.
Para atrair o consumidor, a loja está parcelando as compras em até dez vezes no cartão, além de dar descontos em alguns casos.
Em uma loja de calçados, a aposta é a facilidade dos pagamentos, além das ações de marketing. Segundo o gerente, Misael Antônio Umbelino, a expectativa é de um crescimento de 8% a 9% nas vendas em relação a 2021.
“Neste começo de mês já começou a bombar a loja e a procura está imensa. Nós acreditamos que este ano será diferenciado”, afirmou.
HORÁRIO ESPECIAL
O comércio de Araraquara funciona normalmente até quinta-feira (5). Na sexta (6), as lojas ficam abertas até às 22h.
É uma oportunidade para quem ainda não comprou o presente de Dia das Mães. É o caso da Sieber Cristina Soler, de 28 anos, que deixou a compra para o final de semana.
“Sempre em cima da hora por conta da correria do dia-a-dia. Ela [mãe] gosta muito de brinco, colar. Talvez eu encontre uma joia um pouco mais em conta porque eu sei que os preços não estão acessíveis”, disse.