Após anúncio da Petrobrás de reajuste em 6% no preço do gás de cozinha, o consumidor de Araraquara começa a sentir o “peso” da alteração no bolso.
Levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomércio) feito com nove distribuidoras de gás mostra que quatro vão reajustar o valor nesta sexta-feira (8).
A média verificada desse reajuste é de 3,5 a 4,2%, segundo o órgão. Em uma das distribuidoras, na Vila Xavier, o preço do botijão de 13 quilos saltará de R$ 86 para R$ 90.
Este será o primeiro aumento de 2021. De outubro a dezembro, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio da cota de 13 quilos variou de R$ 71,63 a R$ 73,38.
“São diversos fatores que vão influenciar na alta do preço. Primeiro a alta do petróleo, uma vez que o gás de cozinha é derivado e temos também a desvalorização do real frente ao dólar”, explica João Delarissa, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomércio.
“Um terceiro fator que pode influenciar na continuidade desse aumento está relacionado ao ICMS, hoje na faixa de 12% e uma vez aprovado esse aumento passaria a 13,3%”, completa.
Apesar da alta de 6% anunciada pela Petrobrás, a expectativa do pesquisador é de que o repasse não seja feito de forma integral por distribuidoras e revendedoras.
“Esse repasse, em primeiro lugar, não é feito de forma integral. A Petrobrás anunciou o aumento de 6%, mas fica a critério das distribuidoras ou revendedoras repassar isso de forma parcial ou integral”, ressalta.
Com valor mais “pesado” no bolso do consumidor, o impacto no orçamento familiar é inevitável. “Tem impacto no orçamento das famílias, distribuidoras e revendedoras que não vão fazer o repasse integral e isso aumenta os custos dela. Além disso, empresas que utilizam o gás como insumo, como padarias, restaurantes e demais vão sofrer esse aumento de preço”.