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EconomiaGasolina bate R$ 7,20 e etanol chega a R$ 5,40 em Araraquara

Gasolina bate R$ 7,20 e etanol chega a R$ 5,40 em Araraquara

Novos preços estão sendo cobrados nos estabelecimentos da Morada do Sol; item pesa no bolso do consumidor

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Gasolina bateu R$ 7,20 e o etanol chegou a R$ 5,40 em Araraquara (Foto: Amanda Rocha/acidade on)
Gasolina bateu R$ 7,20 e o etanol chegou a R$ 5,40 em Araraquara (Foto: Amanda Rocha/acidade on)

  

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O preço do combustível segue pesando no bolso do consumidor de Araraquara e o litro da gasolina chegou a R$ 7,20, enquanto o custo do litro do etanol bateu R$ 5,40. 

O maior valor encontrado pela reportagem foi em posto de combustível com bandeira da Petrobras, localizado na Vila Xavier. Lá o etanol saia por R$ 5,40 e gasolina por R$ 7,20. 

Em outro ponto, na Alameda Paulista, a gasolina custava R$ 7 e o etanol R$ 5,15. Na Avenida Luiz Alberto, encontramos o valor mais barato: R$ 5,17 pelo etanol e R$ 6,87 da gasolina. 

Também foi possível encontrar postos bem próximos com preços diferentes. Na Avenida Bento de Abreu, um bandeirado cobrava R$ 5,30 pelo etanol e R$ 7 pela gasolina. 

No outro lado da rua, o valor dos combustíveis era completamente diferente: R$ 5,19 pelo etanol e R$ 6,77 para gasolina. Já outro bandeirado da Bento cobrava: R$ 5,29 e R$ 6,99. 

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PESADO NO BOLSO
Com o valor cada vez mais elevado, o consumidor enfrenta dificuldade para equilibrar o orçamento familiar e dar conta de encher o tanque para usar o veículo. 

“Caríssimo, dependo do carro para a mulher doente ir ao médico, é um absurdo. A opção é o etanol, mas R$ 50 no máximo. Tudo pingado, dia sim, dia não tem que colocar R$ 50 e o pagamento vai todo na gasolina”, avaliou o pedreiro, Roberto Vitor Silva, de 60 anos.  

Com combustível mais caro, consumidor de Araraquara abastece "picado" (Foto: Amanda Rocha/acidade on)
Com combustível mais caro, consumidor de Araraquara abastece “picado” (Foto: Amanda Rocha/acidade on)

 

A vigilante Jane Degrossi, de 43 anos, explicou que abastece há quase 10 anos no mesmo posto devido à qualidade do combustível, mas disse sentir a carestia pesar no bolso. 

“Estou abastecendo menos, procurando sair menos com o carro, não tem como sair para abastecer toda hora, está complicado mesmo”, considerou. 

Quem também não vem enchendo o tanque do veículo é a ajudante de produção Regiane Fuzari, de 33 anos. Ela contou que vem usando o carro só em casos de necessidade. 

“Estamos colocando picado, não tem como. E o carro mesmo é só em caso de necessidade. Agora estou indo no mercado e precisa ir de carro”, opinou. 

PREÇO INTERNACIONAL NÃO AJUDA
Na avaliação do economista Eduardo Rois Morales Alves, o aumento no preço internacional do barril do petróleo é fator decisivo para esses sucessivos reajustes no Brasil. 

O especialista pontuou que após o controle da pandemia da covid-19 e retomada da atividade econômica, não foi ampliada a oferta de combustíveis conforme a demanda. 

Outro fator reforçado por Morales Alves é o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia, visto que os russos são exportadores de energia, em especial petróleo e gás. 

“Você tem um valor elevado e aqui dentro, o Brasil e a Petrobras desde 2016 adotam o chamado preço de paridade de exportação, ou seja, o preço internacional vigora”, disse. 

“Toda variação de preço internacional, pois vem crescendo e aumentando no mundo inteiro, é repassada ao consumidor brasileiro e isso explica a alta persistente”, completou.  

Posto na Luiz Alberto ofereceu menor preço para gasolina e etanol em Araraquara (Foto: Amanda Rocha/acidade on)
Posto na Luiz Alberto ofereceu menor preço para gasolina e etanol em Araraquara (Foto: Amanda Rocha/acidade on)

 

Questionado sobre alternativas para o consumidor driblar a carestia dos combustíveis, o especialista considerou ser difícil, visto que o item possui baixo efeito de substituição. 

“Quando aumenta demais a carne bovina, você tem opção do frango, sendo um substituto mais barato. Nos combustíveis, gasolina e etanol são substitutos, porém, quando um sobe o outro aumenta também, pois são preços atrelados”, destacou. 

Para Morales Alves, a opção é reduzir o uso do veículo automotor, ou até mesmo buscar alternativas de transporte mais eficientes, ou o transporte coletivo. 

“Não tem muito outra alternativa se não usar menos o transporte individual, sobretudo, automóvel, que gasta mais gasolina ou etanol, e adotar o transporte público, que não está barato, mas ainda sim, mais em conta”, concluiu.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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