O ano de 2022 terminou com a geração de 1.861 novos postos de trabalho com carteira assinada, em Araraquara. Embora positivo, o número representou uma queda de 57% em relação ao ano anterior.
O saldo é a diferença entre as 2.039 contratações e 3.028 demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do ministério do Trabalho, e foram divulgados na última terça-feira (31).
Com exceção da Construção, que fechou 20 postos de trabalho, os demais setores da economia encerraram o ano com resultado positivo: destaque para o Comércio, com 906 novas carteiras assinadas.
VEJA TAMBÉM
PAT conta com mais de 70 vagas de emprego em Araraquara
Unesp divulga lista de aprovados no vestibular 2023
Para o economista do Núcleo de Economia do Sincomércio Araraquara, Ícaro Zancheta, o comércio varejista voltado a estabelecimentos de produtos alimentícios, como supermercados e hipermercados, e lojas de calçados foram os dois grupos que mais se destacaram no período.
“Os dois comercializam produtos que são baratos. Então, numa situação como agora no Brasil, com poder de compra pressionado, as pessoas conseguem continuar comprando e, além disso, são produtos essenciais, então, a demanda não cai tanto”, explicou o economista.
No ano passado, por exemplo, houve a abertura de uma loja de atacarejo na cidade. Das 686 vagas identificadas no comércio varejista, 312 se concentraram no segmento de supermercados e hipermercados. No setor de calçados, foram 73.
Os números contrastam com o que foi registrado em 2021, quando a cidade gerou 4.339 postos de trabalho e todos os setores da economia no “azul”. Naquele ano, o setor de Serviços se destacou com a contratação de 1.801 trabalhadores com carteira assinada.
DEZEMBRO
Em dezembro, todos os setores da economia terminaram no “vermelho”, com mais demissões do que contratações. O mês terminou como fechamento de 989 postos de trabalho.
O destaque foi o setor de Serviços que encerrou 437 vagas. Na sequência, aparecem Indústria (-327), Construção (-161), Agropecuária (-41) e Comércio (-23).
Das demissões, homens foram maioria, com 59%. Destaque para trabalhadores com ensino médio (421) e idades entre 18 e 24 anos (267).
LEIA MAIS
