As lojas do centro de Araraquara já se preparam para o Black Friday, que começa oficialmente no dia 26 de novembro, mas agita os fãs de promoções durante todo este mês.
É o caso da operadora de máquinas Adriana Cristina Ferreira, 47 anos, que nesta quinta-feira (11) já procurava descontos na Rua Nove de Julho.
“Vim para comprar umas coisinhas que estou precisando e os descontos estão bons. Geralmente fico atenta em novembro e compro várias coisas no Black Friday”, diz Adriana, que saiu para comprar roupas, mas até o final do mês vai adquirir outros produtos.
“Estou à procura de um celular pra mim e estou querendo uma TV para o quarto do meu filho também. Estou aguardando o décimo terceiro pra aproveitar e comprar algumas coisas”, completa.
A babá Bárbara Danon, 21 anos, saiu para comprar roupas, pois irá fazer uma viagem, mas já está atenta às promoções da Black Friday. “Estou querendo comprar mais roupas na promoção até o final de novembro”, diz a consumidora.
Para Cristina Carvalho, líder de Departamento das Lojas Montreal, a expectativa é de bom movimento a partir da segunda quinzena de novembro, quando o décimo terceiro salário será pago aos trabalhadores.
“Estamos apostando nos produtos para o lar, com promoções nesse departamento até dia 21 de novembro. Já no dia 26 de novembro vem a Black Friday e estaremos com muitas promoções em toda a loja”, acrescenta.
Geraldo Oliveira, gerente da Oscar Calçados, diz que a loja terá desconto entre 30 e 70% a partir do dia 26, quando a loja terá horário estendido até as 22 horas.
“Vamos aproveitar a cidade com 73% da população vacinada, para que os clientes venham aproveitar os melhores preços”, conclui.
COMPRA CONSCIENTE
Para o economista Valdemir Pires, é preciso que o consumidor tome alguns cuidados durante promoções como a Black Friday, que visa se aproveitar do impulso do consumidor médio.
“Na Black Friday, copiada dos Estados Unidos, e em outros tipos de liquidação, muitas vezes os lojistas sobem o preço e depois dão o desconto. Dão com uma mão o que tiram com a outra”, avalia.
Em uma situação como a que se verifica atualmente no Brasil, de alta inflacionária, o economista alerta que existe inclusive o risco de o preço do produto elevado artificialmente não retroceder para o patamar inicial.
“A compra consciente é sempre aquela que de fato é necessária, que é feita após pesquisa de preços e que não é feita a prazo. O resto é artifício para o lojista vender mais”, conclui Pires.