O mês de março terminou com o fechamento de 106 postos de trabalho, em Araraquara. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo ministério da Economia.
No mês, 3.394 trabalhadores foram contratados, por outro lado, outros 3.500 perderam o emprego.
Serviços foi o setor com o pior desempenho, fechou 256 postos. As atividades de limpeza puxaram o resultado, com 166 vagas a menos.
Segundo o economista do Núcleo de Economia do Sincomércio, João Delarissa, limpeza é um tipo de atividade que é estimulado pela informalidade. “A alta rotatividade se deve às características intrínsecas às atividades de serviços domésticos, que não exigem altos níveis de escolaridade e capacitação profissional, oferecendo baixas barreiras à entrada de trabalhadores nesse mercado e gerando excesso de mão-de-obra disponível, o que estimula a informalidade do setor e a manutenção de baixos salários”, analisa.
Pessoas com ensino fundamental completo foram as que mais perderam o emprego. Ao todo, foram 76 demissões. Trabalhadores entre 30 e 39 anos representaram a maior fatia do bolo, com 75 desligamentos.
Depois de serviços, aparecem comércio (-63), construção (-28) e agropecuária (-22). Foi o primeiro mês do ano no vermelho, já que janeiro e fevereiro tiveram resultado positivo.
Para Delarissa, o resultado negativo para março está associado à retração do mercado. “Após um resultado bastante favorável em fevereiro, quando a cidade teve o terceiro maior saldo positivo de contratações da série histórica, as admissões desaceleraram em março, enquanto o nível de demissões foi mais forte. Dessa forma, encerramos o mês com uma considerável diminuição na geração de empregos em Araraquara”.
A indústria foi o único setor com resultado positivo, e 263 novas carteiras assinadas, em março.