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O preço da carne bovina caiu no acumulado dos últimos 12 meses e o consumidor consegue perceber alguns cortes mais em conta nos supermercados e açougues de Araraquara e região. Entre os motivos para o preço mais baixo está a diminuição no custo de alimentação do gado.
Em uma rede de supermercados da cidade, o gerente Dante Verdolini Neto, relatou que a redução nos valores cobrados pelo produto ocorre desde a semana passada. “O preço baixou entre 10 e 15% dependendo o corte e as pessoas estão aceitando bem”, afirmou.
Com um preço melhor, os clientes aproveitam mais e fazem até fila para comprar. “A família pode comer melhor, tenho pais idosos, então eles precisam de carne e estou na fila faz um tempinho já”, relatou a cabeleireira Ana Cláudia Adriano.
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A redução no preço da carne é sentido também em São Carlos – localizada a 45 quilômetros de Araraquara -, onde mecânico industrial Maike Douglas dos Santos Oliveira apontou que a economia ajudará no bolso. “Está ajudando, bem pouco, precisa cair um pouco mais”, disse.
Para completar a despesa do mês, Oliveira também leva embutido quando vai ao supermercado. “Compramos também um pouco de salsicha e frango empanado para dar uma equilibrada, porque sem isso não aguentamos [preço]”, completou.
A empregada doméstica, Geysa Fernanda de Jesus Fonseca, também percebeu que o preço da carne diminuiu no supermercado. “É bom, pois não ficamos sem carne, ainda mais que temos criança pequena em casa, então carne é preciso ter sempre”, ressaltou.
Segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de um ano para cá, o Contrafilé caiu 5,99%, a Alcatra 6,06%, Lagarto R$ 5,97%, Patinho 5,3%, Músculo 5,3% e a Costela 4%. Já o corte que teve a maior redução no período foi o Acém: 8%.
A redução no valor cobrado pelo produto se deu, principalmente, ao aumento da produção de carne bovina em todo o Brasil e também a diminuição no custo nutricional para os animais.
“Tínhamos uma expectativa média de que tivéssemos uma redução de 5%, isso vem se consolidando nesses primeiros meses e nos números dos acumulados. Vale lembrar que temos um volume de produção bacana, chegou a superar o de 2022 numa expectativa de aproximadamente 5% e quando tenho mais oferta posso reduzir um pouco”, explicou o economista Diego Souza.
O economista também apontou que a redução no preço da carne nem sempre chega ao consumidor final, visto que o produtor rural também sofreu com as diferentes altas e mesmo com as reduções dos custos de produção, ainda não conseguiu repassar adiante.
“Infelizmente, estamos em um momento econômico muito delicado e todos estão sofrendo com a situação econômica e inflação muito elevada, tanto o produtor, quanto quem está na ponta fazendo a venda desses itens, sacrificaram muito a margem nesses períodos, por isso que mesmo quando olhamos para alguns números ainda assim não conseguimos ver uma queda brusca, pois tivemos o sacrifício dentro desse período”, afirmou.
Foi o que aconteceu em um açougue, onde os preços seguem os mesmos. “O frigorífico ainda não repassou esse ajuste”, relatou o açougueiro Wilton César Spitaleti.
Com o preço ainda ‘salgado’, a procura por frango e carne suína continua alta. “Por ser um preço mais acessível – as coisas estão difíceis, não só a carne, mas as outras coisas estão mais caras -, as pessoas optam por coisas mais baratas só para ter a mistura do dia-a-dia garantida”, completou.
É o que a cozinheira Gislaine César acaba fazendo para não gastar tanto quando chega no açougue. “Tem que ver as opções, as carnes mais baratas, se não é difícil manter”, disse.
A dona de casa Marisa Rodrigues, por sua vez, espera que a redução chegue logo para todos e disse não aguentar mais tudo caro. “O dinheiro da sempre menos no final do mês”, finalizou.
*Com informações da EPTV Central
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