A safra da laranja terminou com um volume 10,61% menor que o esperado. A falta de chuva contribuiu para este cenário, que pode resultar em aumentos para o consumidor.
De acordo com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), o ciclo terminou com 262,97 milhões de caixas, de pouco mais de quarenta quilos cada.
O coordenador da pesquisa de Estimativa de Safra 2021/2021, Vinícius Trombin, explica que a instabilidade climática foi a principal causa deste resultado.
“Nós tivemos geadas de alta intensidade, em julho, seguida de uma seca pelo segundo ano. Então, se a gente pegar o volume acumulado de chuva de maio a setembro, o volume ficou 70% abaixo da média histórica”, explica.
Com menos chuvas e com as consequências das geadas, as laranjas começaram a cair dos pomares antes do tempo. Ou seja, menos fruto disponível e menor do que era esperado.
O peso da laranja ficou, em média, 15% do que o registrado nas últimas cinco safras, com 143 gramas.
De acordo com o especialista, quando uma colheita é menor do que o previsto, a quantidade de laranja disponível no mercado também diminui. Desta forma, a tendência é de aumento para o consumidor.
“A gente tem menos laranja, a oferta fica menor. Com isso, aquele volume de suco que se imaginava, que tinha sido projetado para ser produzido, também fica menor. A oferta menor de laranja, consequentemente, impacta em uma oferta menor de suco de laranja”, concluí.
No dia 26 de maio serão divulgadas as datas e quais as expectativas para a próxima safra de laranja no cinturão citrícola que inclui cidades da nossa região como Matão e Brotas.