Beatriz Ferreira entrou no ringue neste domingo (8) para a disputa da final da categoria até 60 kg do Boxe, nas Olimpíadas de Tóquio. A brasileira acabou derrotada para a irlandesa Kellie Harrington, por decisão unânime dos juízes, e ficou com a medalha de prata.
Bia levou a melhor no primeiro assalto, na opinião de três dos cinco juízes. O segundo foi vencido por Harrington, que sacramentou o triunfo no terceiro round. Apesar da derrota, o resultado é histórico. Trata-se da primeira medalha, independentemente da cor, de uma pugilista brasileira em Olimpíadas.
Além disso, a conquista coroa um protagonismo inédito do Nordeste no quadro de medalhas. Em esportes individuais, a região conquistou 4 dos 7 ouros do Brasil (Ana Marcela Cunha, Isaquias Queiroz, Italo Ferreira e Hebert Conceição) e agora também duas pratas (Bia e Rayssa Leal). Grande parte disso veio justamente da Bahia, estado de Beatriz Ferreira. Destes pódios, apenas Italo e Rayssa são de outros estados (respectivamente, Rio Grande do Norte e Maranhão).
Bia se tornou profissional em 2017 e essa foi apenas sua sexta derrota na carreira. De todos os torneios que disputou até aqui, não subiu ao pódio apenas em uma oportunidade. Ela foi campeã do Pan-Americano e do Mundial, em 2019.